Quarta, 22 Agosto 2018 21:28

Pressão faz Banco do Brasil avançar na mesa específica

A pressão do Dia Nacional de Lutas, com paralisações parciais nas agências, nesta terça-feira (21/8) fez com que o Banco do Brasil avançasse nas negociações específicas. Uma importante mudança foi a manutenção dos três períodos de avaliação negativa consecutivos da Gestão de Desempenho Profissional (GDP) para justificar um descomissionamento.

Na primeira rodada, a intenção era reduzir para um período, passando para dois, com o aumento das mobilizações, entre elas, as paralisações do dia 10 último, que no Rio de Janeiro contou com a adesão de agências do Centro da Cidade e dos prédios do Sedan e Andaraí. Para a diretora do Sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários, Rita Mota, é importante manter e ampliar a participação do funcionalismo nas paralisações que continuarão, para que haja avanços nas negociações, tanto na mesa da Fenaban, quanto na específica do BB, que também prosseguirá nesta quinta-feira, logo após a mesa única.

A Comissão de Empresa espera, ainda, resposta sobre ajustes de redação de cláusulas específicas após a apresentação da proposta econômica e outras pendências da mesa da Fenaban. Mesa da qual o BB também participa.

Horário de lanche e almoço

Na mesa específica, o banco voltou a colocar em debate a ideia de flexibilizar o horário intrajornada.O intervalo para almoço na jornada de 8 horas pode ser flexibilizada de 30 minutos a 2 horas.Consultas feitas à base pela Comissão mostraram que a proposta foi bem recebida pela maioria, desde que a opção seja do funcionário.

Já no caso dos de seis, cuja proposta do BB era passar de 15 para 30 minutos, desde que registrado no ponto, não agradou a este segmento. Isto porque, em muitos locais, com a desativação de cantinas e prédio muito grandes, acaba havendo uma perda de tempo significativa até os locais de lanche. A proposta da Comissão é colocar no acordo a possibilidade de redução do intervalo apenas para os funcionários de oito horas, que efetivamente têm obrigação de registrar o intervalo. A Comissão fez ainda algumas ressalvas, para que não haja obrigação de redução de intervalo sem a vontade ou combinação com o funcionário.

Restrição a delegados sindicais

Não houve acordo, igualmente, em relação à proposta do banco de instituir um teto de seis delegados sindicais por unidade. Hoje a relação é de 1 delegado para 50 funcionários (com a garantia de no mínimo 1 por unidade), permitindo a eleição, por exemplo, de 12 numa unidade com 600 empregados. A redução foi encarada como uma restrição à representação sindical.

Banco de horas

O BB voltou a apresentar proposta de banco de horas. O período para compensação por folga seria de seis meses, sendo um dia acumulado para um dia folgado. Passado este prazo, o saldo seria convertido em espécie e pago no mês seguinte com o adicional de hora extra (uma hora e meia).

Em relação ao parcelamento de férias em três períodos, a Comissão reivindicou que um dos intervalos fosse de 12. A nova lei trabalhista resultante da reforma de Temer, até nisto é prejudicial, prevendo 14 dias. Com isto, o trabalhador perde um fim de semana. O BB não aceitou que este intervalo entrasse no acordo, já que pode ser implantado diretamente.

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