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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Seguindo a política do governo Temer de corte de direitos a diretoria do Banco do Brasil quer impor alterações no estatuto da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB. Tem pressa. Não negociou a proposta de reforma estatutária com as entidades representativas do funcionalismo e agora pressiona pela aprovação.
Mente para que seja aprovada sua proposta. A consulta, que começou no último dia 24, acaba nesta sexta-feira, 5 de outubro, a dois dias da eleição. Saiba melhor quais as reais intenções do banco e porque as entidades do funcionalismo orientam o voto NÃO.
O que o banco esconde
Pela proposta, o BB pretende aumentar a contribuição dos associados para 4%, enquanto continua sendo responsável pelos mesmos 4,5%; quer passar a cobrar pelos dependentes, pondo fim à solidariedade, e a não contribuir com dependentes dos aposentados; o reajuste dos dependentes levará em conta cálculos atuariais e não mais o reajuste dos salários.
Quer acabar com a paridade entre eleitos e indicados para ter controle total da Cassi, fazendo a partir daí o que bem entender. Para isto, a diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e Rede de Atendimento passarão para a gestão do BB; e será criado o Voto de Minerva, permitindo que o banco decida o que bem quiser em caso de empate.
Mente ao falar de intervenção
O BB faz terror psicológico. Para convencer os associados da Cassi a aprovarem a proposta, alega que, do contrário, pode haver intervenção da Agência Nacional de Saúde (ANS). E que se isto ocorrer, os funcionários vão perder direitos.
A verdade, no entanto, é que na possibilidade de uma intervenção, a primeira coisa a ser feita será uma auditoria; os bens dos administradores ficam indisponíveis. Eles podem ser afastados ou substituídos se criarem obstáculos ao trabalho da ANS, que não tem poder para alterar o estatuto ou aumentar unilateralmente as contribuições.
Pode exigir a apresentação de um plano de saneamento nos moldes e diretrizes definidos por ela baseados nas informações colhidas pela auditoria. O plano, no entanto, terá que ser submetido à aprovação dos associados, ao contrário do que vem sendo divulgado. A Intervenção alcança apenas a esfera econômico-financeira, portanto, todas as demais alterações que o BB/Cassi quer introduzir em sua proposta não fariam parte do plano de saneamento.
Para preservar direitos
1) Rejeição da proposta do banco;
2) Negociação entre as entidades e o BB;
3) Nova receitas extraordinárias e temporárias (recompor as receitas operacionais com um aditivo ao Memorando de Entendimentos. Sem alterar direitos sociais, governança da Cassi ou definir novos índices de custeio);
4) Estabelecer metas de ampliação da cobertura do modelo assistencial Estratégia de Saúde da Família (ESF) entre os anos de 2019-2023 (5 anos), com mais equipes de família, ampliação das estruturas e procedimentos das CliniCassi;
5) No aditivo ao Memorando de Entendimentos, no que diz respeito às receitas e ressarcimentos extraordinários e temporários, definir 1,5% para o corpo social, totalizando entre 2019 a 2023 R$ 345 milhões por ano (cerca de R$ 1,725 bilhão) e o ressarcimento por parte do patrocinador sendo 1,5 vez este montante extraordinário e temporário.