Sexta, 17 Outubro 2025 22:34
BANCO DO BRASIL

Mainha! Olhai por nós!

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio 

Quando pensamos na palavra “mainha”, lembramos automaticamente de uma matrona de colo aconchegante, como numa música de Dorival Caymmi

Porém, como sempre, a realidade nos prega peças. A Presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, confundiu sonho com realidade e autointitulou-se “mainha” nas redes sociais.  

Realidade nada maternal 

No entanto, a verdade no BB não é nada maternal: Fim das substituições no varejo; Suspensão de férias nos meses de novembro e dezembro; Aumento da carga horária; Extinção dos caixas; Cobrança das horas negativas geradas na pandemia da covid-19 e falta de diálogo com o movimento sindical. 

A diretoria do banco apenas comunica suas decisões, que geralmente são prejudiciais aos funcionários.

Sindicato faz críticas 

Os representantes da categoria são tratados como meros expectadores das decisões de “mainha” e seu conselho diretor. Aos funcionários e funcionárias só resta um “xêro” de esperança.

“É de fundamental importância que a atual diretoria do BB mude os rumos da sua admistração, principalmente no que se refere a gestão de pessoas. Nesse quesito vemos uma continuidade da gestão anterior, com perdas diárias para os funcionários da instituição. Um governo popular deve respeitar e valorizar seus funcionários, bem como reafirmar a importância de um banco público no desenvolvimento do país. Estamos aguardando ansiosamente por isso", disse o diretor do Sindicato Eduardo Bulhões.

“Tarciana Medeiros poderia ser a voz dissonante do mercado financeiro, provando que uma empresa financeira pode dar lucro com bem-estar dos funcionários. Porém, preferiu fazer mais do mesmo, mudar para permanecer como está. Foi um golpe duro no funcionalismo sua atuação", critica Júlio Castro, diretor Executivo do Ramo Financeiro do Sindicato.

"Curiosamente, nesse mesmo cenário, a direção do banco comemora o rankeamento dentre 'as melhores empresas do mundo' promovido pela “Time” e “Statista”. Resta saber, melhor para quem? Com certeza, não está sendo, como no jargão do banco, “bom para todos”, ressalta Alexandre Batista, Diretor Executivo de Bancos Públicos do Sindicato e membro da comissão de empresa do BB (CEBB).

Diante de tantas “boas notícias”, a comissão de empresa já se reuniu inicialmente com o banco para tentar entender as movimentações atuais e cobrar clareza e adequações, enquanto o corpo jurídico da Contraf-CUT e dos sindicatos estão avaliando essas situações.  

Dia Nacional de Luta 

Na próxima quarta-feira (22/10) será o Dia Nacional de Luta no Banco do Brasil. "Faremos diversas atividades em todo país denunciando a situação do funcionalismo e em seguida definiremos um calendário de lutas e uma linha de ação. Aqui no Rio acontecerá, também, na mesma data, a plenária dos Delegados Sindicais do BB. Não podemos assistir esse absurdo de braços cruzados", acrescentou Alexandre Batista.

 

 

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