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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
A Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) cobrou de representantes do Banco do Brasil, em reunião virtual, na segunda-feira (6/9), o fim do aumento da jornada de trabalho de comissionados de seis para oito horas, como parte do Movimento de Aceleração Digital (MAD). O programa foi lançado pelo banco na sexta-feira (3/9), sem qualquer diálogo prévio com o movimento sindical, e entre outras medidas, prevê a adoção da jornada de oito horas para 25% dos níveis de assessoramento. As mudanças afetam as funções de assessor I, II e III em áreas estratégicas.
Falta de respeito
A CEBB reforçou o repúdio à falta de respeito com o movimento sindical, e ressaltou que não concorda com o modelo implementado e muito menos com a questão das horas adicionais, mudando a jornada de vários comissionados de seis para oito horas. “Cobramos, ainda, que o BB revisse essa medida, e informamos que a Comissão vai se reunir para dar desdobramentos à luta contra esse programa arbitrário imposto pelo banco”, afirmou Alexandre Batista, diretor do Sindicato da Secretaria de Bancos Públicos, que participou da reunião com o banco.
Ponta do iceberg
A CEBB questionou e bateu na tecla de que o banco anunciou o programa, com outra roupagem, mas que se trata na verdade de uma nova reestruturação. “Uma reestruturação que hoje começa nessas áreas de unidades estratégicas, mas que não sabemos se é a ponta do iceberg de outras que possam vir a acontecer”, argumentou Alexandre Batista.
Os representantes do banco iniciaram a reunião com a CEBB, fazendo uma explanação sobre este novo modelo que o BB está implementando, que segundo disseram, vai incidir apenas sobre as unidades estratégicas, não alcançando as operacionais (rede de agências, PSO, caixas). Acrescentaram que grande parte do funcionalismo afetado é de Brasília, e poucas no Rio, entre elas a Diretoria de Finanças (Difin) e a Diretoria de Tecnologia.
Na contramão da história
Os dirigentes lembraram que esta iniciativa vem na contramão do momento político e histórico em que vive a sociedade brasileira, com o governo acenando positivamente para a luta pela extinção da jornada 6x1. “Num momento de pressão sobre o Congresso Nacional pela redução da jornada, o banco vem com um programa que aumenta a jornada nestas unidades estratégicas para boa parte dos comissionados que trabalham seis horas e que passariam para oito. Isso por si só já é aviltante dentro do momento social e político que vivemos, como também em relação ao nosso acordo de trabalho e a nossas conquistas históricas, como a jornada de seis horas”, disse Batista.
A CEBB questionou também outro sério problema gerado pela nova reestruturação, que é existência de vagas em agências ou nas próprias unidades estratégicas, para os que não conseguirem se ajustar e ser comissionado neste novo modelo. “Este é um outro problema que vai mexer com a vida de vários colegas. Indagamos, ainda, que se existem estes claros e esta necessidade de complemento nas unidades operacionais, que o correto seria abrir concurso público para suprir estas vagas e não criar fórmulas mirabolantes de aumento da jornada de trabalho para ter sobra nas unidades estratégicas para jogar as pessoas nestes novos locais”, ressaltou. O dirigente sindical disse ainda que o banco pressiona para que colegas sejam levados a optar por outra unidade, lembrando que isso já aconteceu antes, acabando sobrando gente, que foi empurrada para agências até em outros estados e municípios.
Durante a reunião, Alexandre defendeu a avaliação das tabelas do programa, no caso dessa medida absurda prevalecer, para se saber se o aumento da remuneração será proporcional ao aumento da carga horária. “Já cobramos estes valores ao BB.