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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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“O lucro recorde obtido pelo Banco do Brasil em 2024 mostra o quão desnecessário é o fechamento de agências por parte dos bancos privados. O lucro é crescente e mostra que é preciso manter os empregos dos bancários que são os que produzem o lucro”. A afirmação foi feita por Rita Mota, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), numa referência ao lucro líquido recorde de R$ 37,896 bilhões, crescimento de 6,6% em relação a 2023, que foi alcançado pelo BB sem fechamento de agências.
Enquanto o setor financeiro privado continuou a reduzir sua presença física no país, fechando agências e limitando o atendimento presencial, o Banco do Brasil manteve suas unidades abertas, garantindo acesso ao atendimento bancário para a população que mais precisa.
“O Banco do Brasil é exemplo neste aspecto, ainda que haja melhorias a serem feitas, temos críticas às reestruturações, não se compara a prática do BB à dos bancos privados, que fecham agências ainda que tenham grandes ganhos financeiros, que permitem com sobra manter os empregos e a rede de atendimento físico”, acrescentou.
“O banco tem também um papel social. Parte do lucro vem da taxa de juros que é muito alta, mas a outra parte vem do trabalho dos bancários, já que, sem eles, como os bancos fariam negócios?”, questionou. “O lucro do BB também mostra que é fundamental para os clientes e toda a sociedade manter o atendimento ao público”, lembrou.
O resultado do BB foi impulsionado pelo crescimento da margem financeira bruta (+11,2%), pelo aumento das receitas com prestação de serviços (+4,9%) e pelo controle das despesas administrativas (+4,4%).
Calote do agronegócio – Outro ponto que marcou o balanço de 2024 foi o aumento da inadimplência no setor do agronegócio. O Banco do Brasil, que responde por 50,1% do crédito agropecuário no país, viu a taxa de inadimplência do setor subir para 2,45% em dezembro de 2024, uma alta de 1,49 ponto percentual em 12 meses. Com isso, as despesas com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) cresceram 28,2%, totalizando R$ 41,852 bilhões no ano.
Para Fernanda Lopes, a atuação do BB no agronegócio é essencial para a economia do país, mas exige atenção. "O aumento da inadimplência no setor agro exige medidas responsáveis para garantir que os pequenos e médios produtores não sejam prejudicados. O Banco do Brasil tem um papel fundamental na sustentação da agricultura brasileira e deve continuar sua atuação com políticas que protejam o crédito rural e garantam o desenvolvimento do setor”, afirmou Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB.
Apesar desse cenário desafiador, a instituição manteve sua estratégia de ampliação do crédito, com um crescimento de 15,3% na carteira de crédito ampliada, que chegou a R$ 1,278 trilhão.