Segunda, 23 Dezembro 2024 18:08
BANCO DO BRASIL

Cassi atende movimento sindical e adia prazo para adesão à proposta de pagamento.

Sindicatos orientam bancários a não aderirem à proposta enquanto melhores condições são negociadas

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) reuniu-se na manhã desta segunda-feira (23) com representantes da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) para cobrar a suspensão das cobranças direcionadas aos funcionários do Banco do Brasil associados à entidade.

As cobranças envolvem recursos referentes a ações trabalhistas e acordos firmados em Comissão de Conciliação Voluntária ou Comissão de Conciliação Prévia (CCV/CCP) no período entre julho de 2010 e setembro de 2023.

Na avaliação dos sindicatos, o BB, à época, não efetuou os recolhimentos obrigatórios à Cassi, deixando de descontar sua parte e a dos funcionários, mesmo após alertas do movimento sindical sobre a obrigatoriedade do procedimento.

Discordância com a Cassi

Após a pressão dos sindicatos, a Cassi prorrogou até o dia 24 de janeiro de 2025 o prazo para adesão à proposta de pagamento, mas os trabalhadores exigem a suspensão total das cobranças, posicionando-se contra os juros e correção aplicados, a ausência de um valor máximo de pagamento e a impossibilidade de contestação por parte dos bancários.

Mais de 35 mil pessoas não fizeram a adesão, o que, na avaliação dos dirigentes sindicais, mostra a insatisfação dos funcionários do banco. 

Orientação é não aderir agora - A Contraf-CUT e os sindicatos orientam os bancários e as bancárias a NÃO aderirem à proposta da Cassi neste momento, enquanto melhores condições continuam sendo negociadas e repudiam qualquer forma de pressão da empresa para a adesão. 

"Após a cobrança da Contraf conseguimos que a proposta de adesão fosse adiada até dia 24 de janeiro, além disso a Cassi tambem está avaliando propostas apresentadas como a redução das parcelas mínimas mensais, ampliação do prazo de pagamento parcelado para até 72 meses e pagamento sem juros para quem parcelar o valor devido em até 12 meses (porém sem a incidência de desconto). A Contraf também reforçou que irá exigir que o Banco do Brasil possibilite que os associados façam o pagamento sem incidência de juros e correção: “cobramos do Banco do Brasil que seja criada linha de PAS específica para este fim, o que melhoraria muito as condições de pagamento.", afirma Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil). 

Qualquer dúvida ou denúncias em caso de pressão do banco, os funcionários devem procurar imediatamente o Sindicato.

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