Quinta, 22 Agosto 2024 20:27

Nova rodada de negociação do BB não trouxe avanços significativos

Mesa de negociação específica do BB. Foto cedida pela Contraf-CUT. Mesa de negociação específica do BB. Foto cedida pela Contraf-CUT.

Olyntho Contente*

Imprensa SeebRio

Não houve avanços significativos por parte dos representantes do Banco do Brasil, na oitava rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024, realizada nesta quinta-feira (22) com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). Mas, conforme esclareceram os representantes do BB, é necessário aguardar a nova rodada da mesa única da Fenaban para a negociação específica caminhar.

Rita Mota, integrante da CEBB e diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, avaliou a rodada. “Estamos na oitava rodada de negociação, e o banco ainda não apresentou propostas concretas em relação ao plano de cargos e salários que elimine os efeitos nefastos do Performa, nem para o encarreiramento dos caixas”, afirmou.

Acrescentou que o Performa consegue ser ruim para os funcionários e para o banco. “Os funcionários não se sentem estimulados a concorrer, porque a remuneração não compensa o nível de responsabilidade e a cobrança, e o BB não consegue preencher os claros. O rebaixamento é escalonado e afeta tanto a previdência, quanto a saúde, já que as contribuições se tornam menores”, ressaltou. 

Segurança – O banco assumiu o compromisso com a volta dos vigilantes, já a partir de setembro, em todas as unidades de varejo, independentemente de ter numerário ou não. O BB disse que os funcionários e clientes são valiosos, por isso os vigilantes estarão em todas as unidades de varejo. Esta é uma reivindicação do movimento sindical, que considera fundamental a presença desses profissionais para resguardar o funcionalismo, além de proporcionar um sentimento de segurança entre a população.

A coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, destacou a relevância desta decisão do BB, “bem diferente do que ouvimos na outra mesa, porque o que pedimos é isso, cuidado com a vida das pessoas, uma vez que sempre ressaltamos que elas valem mais do que o patrimônio”.

Banco de horas negativas – Sobre o banco de horas negativas adquiridas durante a pandemia da covid, tema abordado na mesa anterior, o BB fez a proposta de abono para quem ainda tem horas a compensar. Além dos funcionários com 60 anos ou mais e os pais que tenham filhos com alguma deficiência, hoje incluíram os funcionários que eram do grupo risco da covid e que tiverem feito mais de 70% até maio (quando encerra o acordo de covid), terão o restante abonado. E os funcionários afastados por licença à saúde também terão as horas anistiadas.

Anistia – A Comissão insistiu sobre a importância de anistiar todos os colegas que estão efetivamente trabalhando diariamente e não conseguem zerar essas horas. “Continuamos pedindo anistia de horas covid para todos os funcionários. Também destacamos principalmente a questão das mães solo e de pais com crianças ainda em idade escolar, que não têm com quem deixá-las, e ficar fazendo mais horas”, aponta a coordenadora do CEBB.

Os representantes do BB informaram sobre o lançamento do programa Equilibbra, para solucionar a questão do endividamento do funcionalismo, uma antiga preocupação do movimento sindical. Pesquisa realizada pela Contraf-CUT mostra que a categoria é extremamente endividada.

Teto PLR – Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), foi reforçada a cobrança do fim do teto, porém o banco novamente alegou que não há essa possibilidade. Disse que a PLR do BB é muito diferenciada das demais instituições financeiras, com patamares bem superiores, inclusive das estatais.

O BB também informou que apresentou uma proposta de aumento de PLR para os contínuos (que hoje são 140 no banco). Eles passarão a receber a mesma dos escriturários.

*Com informações do Sindicato dos Bancários de Brasília.

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