Sexta, 12 Julho 2024 19:32
BANCO DO BRASIL

BB promete negociar e manter remuneração mensal dos caixas até o final da Campanha 2024

CEEBB pressiona para que as negociações tragam uma solução definitiva para este impasse. Dirigentes sindicais debateram também questões de teletrabalho e jornada de trabalho
Os funcionários do BB tiveram uma sinalização na mesa de negociação de que a direção do banco está disposta a dialogar sobre a manutenção da remuneração dos caixas Os funcionários do BB tiveram uma sinalização na mesa de negociação de que a direção do banco está disposta a dialogar sobre a manutenção da remuneração dos caixas Foto: Contraf-CUT

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Com informações da Contraf-CUT 

O Banco do Brasil se comprometeu a não mexer na gratificação dos caixas durante a Campanha Nacional 2024 e a negociar a pauta durante o período. A garantia foi dada pela direção do Banco do Brasil no início da terceira mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), na tarde desta sexta-feira (12). A notícia tranquiliza os funcionários desta função, após a Justiça Trabalhista ter cassado a liminar da Contraf-CUT que garantia a remuneração mensal destes trabalhadores. 

“Nós fizemos a cobrança logo no início da reunião, pois os trabalhadores estão ansiosos por esse retorno. O tema mexe diretamente com a vida dos caixas e precisa ser resolvido o quanto antes”, afirmou a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

"A Justiça suspendeu a liminar da Contraf-CUT, o que deixou os funcionários preocupados. O banco se comprometeu, em mesa, a manter a remuneração mensal até o fim da campanha salarial e vamos buscar uma solução definitiva para este problema", avaliou Rita Mota, diretora do Sindicato do Rio e representante da CEEBB (Comissão Executiva de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil). Rita Mota.  

Teletrabalho 

O tema central da reunião foi cláusulas sociais, com destaque para teletrabalho, jornada de trabalho, além de auxílios financeiros.

A CEBB reivindicou a ampliação do percentual de funcionários e dos dias da semana em teletrabalho, seja no sistema híbrido ou totalmente remoto. De acordo com o Banco do Brasil, atualmente, cerca de 38% dos 87 mil bancários estão em teletrabalho. A garantia da igualdade de tratamento, remuneração e direitos do trabalhador que realiza seu trabalho à distância, como o respeito aos feriados regionais, também foi abordada.

Redução da jornada 

Outra reivindicação apresentada foi a redução da jornada de trabalho para quatro dias da semana, uma luta de toda a categoria bancária. 

Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a implementação da jornada de quatro dias, poderá gerar cerca de 348 mil novos empregados na categoria. 

Banco de horas negativa

O movimento sindical pediu ainda o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários têm de fazer a compensação até maio de 2025, para buscar alterativas para os trabalhadores zerarem suas horas negativas. 

"Essa negociação de hoje foi importante e sinalizou algumas perspectivas relevantes. Tratamos de teletrabalho onde conquistamos direitos no trabalho remoto durante a pandemia da covid-19 que inclui um auxílio, mas ainda falta avançar mais e atender as demandas dos funcionários. Muitos trabalhadores do BB querem fazer um trabalho remoto integral ou híbrido, mas, mesmo com meios tecnológicos disponíveis, muitos não estão conseguindo trabalhar desta maneira", disse Rita Mota. 

"No Rio de Janeiro, por exemplo, tem um pessoal do setor dos escritórios digitais que saíram do Sedan, porque este setor foi fechado, e estão trabalhando em condições complicadas. Os funcionários fazem negócios por telefone. É muita gente nesta situação e o ambiente de trabalho não comporta tantas pessoas falando ao mesmo tempo. Portanto é preciso que o banco entenda a necessidade de ampliar o trabalho remoto e garanta o auxílio e melhores condições de trabalho para estes trabalhadores", acrescentou Rita.

A próxima reunião de negociação será no dia 19 de julho, em São Paulo, sobre saúde.

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