EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A falta de uma solução para os problemas causados pelo esvaziamento quase total das atividades do prédio da Senador Dantas do Banco do Brasil está causando muita insegurança entre os mais de 600 funcionários que ali trabalhavam até o dia 25 de janeiro. Por decisão da diretoria do BB naquela data, por conta de um curto-circuito no 36º andar, o prédio foi evacuado, tendo uma parte dos lotados no Sedan-BB, sido direcionados para dependências alternativas e outros a procurar outro local por iniciativa própria.
Explicações do banco
Na última sexta-feira (16) o BB convidou o Sindicato e a Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) para uma reunião a respeito do problema. Os representantes do banco explicaram aos dirigentes bancários – Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB, Rita Mota, dirigente do Sindicato e da Comissão e Júlio Cesar Castro, também diretor do Sindicato e a ex-presidente da entidade, Fernanda Carisio – ter sido contratada uma empresa para fazer um levantamento sobre as condições do Sedan e produzir um laudo técnico, a partir do qual a diretoria do BB definirá o que fazer com o prédio. Acrescentaram que o laudo será conhecido esta semana.
Sindicato cobra solução
Tanto a CEBB, quanto o Sindicato, cobraram uma solução imediata para a situação dos funcionários que estão com a sua situação indefinida. Os que encontram vaga em outra dependência muitas vezes ficam apenas o tempo de retorno de quem está de férias, não encontram os equipamentos necessários ou, quando encontram, não conseguem acessar o sistema. Além disto a rede de agências não comporta os mais de 600 funcionários.
Os dirigentes reivindicaram a ampliação do Trabalho Remoto Institucional (TRI) – em casa –, até que seja encontrada uma solução definitiva. Outra solicitação é a de que o número de dias do home office seja ampliado de três (tempo previsto no TRI) para cinco, e agilizada a compra de equipamentos. O BB informou já estar realizando a aquisição.
Venda do Sedan?
Na reunião, Fernanda Carisio indagou se a venda do Sedan estava sendo considerada. Um dos representantes do BB não descartou a possibilidade. Embora esta situação aconteça em um novo governo e numa nova gestão do BB, a possibilidade trouxe de volta à memória a tentativa fracassada do governo Bolsonaro de leiloar o prédio às pressas no dia 20 de dezembro de 2022. A transação só não se realizou devido às denúncias e contatos com parlamentares feitos pelo Sindicato dos Bancários do Rio, depois pela Contraf-CUT, CEBB e todo o movimento sindical bancário.
Havia também a suspeita de conflito de interesses já que o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi um dos sócios-fundadores do BTG Pactual banco privado proprietário do Condomínio Ventura Corporate, alugado pelo BB, e para onde foram transferidas as dependências do Sedan e da Asset Management (ex-BBDTVM).
Para Rita Mota, independentemente da decisão a ser tomada, é fundamental que haja transparência. “É importante que se dê todas as informações sobre o processo de levantamento das condições estruturais do prédio, que se levante os custos de uma modernização do Sedan, mas também o gasto com uma mudança que envolve toda uma estrutura que comporta mais de 600 funcionários e 300 terceirizados”, disse. Para a dirigente a diretoria do BB tem que fazer o que for melhor para o patrimônio do banco e para seus funcionários e não para o interesse de terceiros.