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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Dois sentimentos profundamente antagônicos tomaram conta do funcionalismo do Banco do Brasil nesta quinta-feira (8/2), véspera de Carnaval. Um deles foi a satisfação pelo resultado anunciado – altamente positivo arrancado graças à garra de quem se empenha no dia-a-dia –, um lucro líquido de R$ 9,442 bilhões, no quarto trimestre do ano passado. Um aumento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O sentimento oposto, no entanto, também apareceu: a frustração de todos que esperavam que a mudança de gestão significasse também a adoção de um modelo humanizado, o que ainda não se confirmou, lamentavelmente. Rita Mota, dirigente da Comissão de Empresa do BB (CEBB) e do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro falou sobre o assunto.
“É importante ressaltar que este resultado altamente positivo só foi alcançado por conta do esforço dos funcionários, numa situação adversa devido à pressão de metas contínua e crescente. Este clima negativo tem levado muitos funcionários ao adoecimento psíquico. E esta realidade não pode ser escamoteada”, disse a dirigente bancária.
Lembrou, como exemplo desta pressão desumana crescente, o aumento, pelo banco, da pontuação de 450 para 500 pontos, relativa a resultados. “E a cobrança tem sido intensa. É importante ressaltar, portanto, que tem de haver um equilíbrio. Apesar do resultado ter sido positivo, um resultado financeiro muito bom, tem que se olhar o impacto negativo que este clima organizacional gerou na saúde do funcionalismo. Sem este tipo de pressão, incllusive, o BB poderia ter alcanço um lucro maior”, avaliou.
Acrescentou que a expectativa que se tinha era a de que esta gestão reduzisse as metas e a pressão por metas, que houvesse uma melhora no modelo. “Mas isto não aconteceu. É um ponto importante que tem que ser ressaltado porque não se pode avaliar só o resultado financeiro e esquecer que ele foi produzido por pessoas. É preciso garantir que este resultado seja sustentável, principalmente naquilo que tange à saúde dos funcionários”, defendeu.