Quarta, 23 Mai 2018 19:49

Banco do Brasil pressiona por acordo prejudicial na Cassi

Nas últimas semanas, a diretoria do Banco do Brasil tem tomado uma série de medidas para pressionar o funcionalismo a aceitar a proposta feita pelo banco para a Cassi, extremamente prejudicial aos participantes do plano de saúde. Entre as medidas estão a divulgação de matérias em boletins internos, levando a crer que há uma necessidade premente de aprovar o que o banco propõe, ou a Cassi vai quebrar.
A diretoria do BB não explica em seus comunicados, no entanto, que a proposta não foi discutida com as entidades do movimento sindical, como a Contraf-CUT e sindicatos, e as associações representativas do funcionalismo, sendo apenas apresentada a elas. O banco está, também, pressionando os funcionários a acessarem no site da Cassi o levantamento feito pela consultoria Accenture a respeito do plano que aponta uma solução inaceitável: reduzir a representação dos funcionários na diretoria da Cassi, passando para o BB o controle total. Hoje a representação é paritária.
Nas costas do funcionalismo
Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários, lembra que, pela proposta do banco, a solução do déficit seria toda jogada nas costas dos participantes do plano. O BB quer que a contribuição dos segurados passe definitivamente de 3% para 4% da remuneração e que o valor correspondente a cada dependente seja pago em separado.
“Desta forma, o BB penaliza os participantes, principalmente os com menor remuneração, que podem comprometer até 14% do seu salário com a Cassi, quando hoje este percentual é de 3%”, frisou. Argumentou que os que têm função gratificada não estão de fora deste aumento absurdo, já que podem ficar de licença médica por mais de 90 dias, ou ser atingidos por reestruturações, perdendo a função, passando também a pagar à Cassi até 14%, já que as gratificações não são incorporadas ao salário.

 

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