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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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A avaliação foi feita pelos integrantes da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil: a participação do BB em uma série de atividades em comemoração ao mês do orgulho LGBTQIAP+, entre elas o patrocínio à Parada LGBTQIAP+, reafirma a mudança de direção da empresa, em respeito à diversidade e combate à homofobia na sociedade. Para Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB, ações como essas são extremamente importantes em um país que bate recorde nos níveis de violência contra esse segmento da população.
“Além disso, a participação ativa do BB nas atividades do mês de junho reforça a importância da mesa de diversidade, que existe no campo da negociação entre funcionários e empresa para erradicar a homofobia e permitir igualdade de oportunidade às funcionárias e funcionários dentro do banco”, afirmou.
Mudança com novo governo
Fernanda lembrou ainda que, em gestões anteriores, a direção do BB chegou a retirar do ar propagandas que já estavam sendo veiculadas ao público e que exaltavam a diversidade, como em abril de 2019, quando Bolsonaro vetou uma campanha publicitária simplesmente por ter atores e atrizes negros e jovens tatuados, culminando com a demissão do então diretor de Comunicação e Marketing do BB, Delano Valentim.
“Essa mudança pública do BB é fundamental. Assim como é fundamental avanços dentro da empresa em relação à mesa da diversidade”, continuou. Uma reunião sobre o tema, que está incluído nas mesas permanentes de negociações entre funcionários e banco, está prevista para ocorrer no dia 20 de julho, quando também será discutida a pauta de igualdade de oportunidade no BB.
Iniciativa deve ser seguida
Para Adilson Barros, ex-diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e membro do Coletivo de Gênero, Raça, Orientação Sexual e PCD (CGROS) da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a iniciativa do banco precisa ser celebrada e seguida pelos demais, públicos e privados. “Os bancos sinalizam investimento em programas de combate à discriminação no local de trabalho, mas deveriam, também, direcionar recursos para um evento desta grandeza”, argumentou.
Funcionária do BB e secretária da Juventude da Contraf-CUT, Bianca Garbelini, também elogiou a decisão. “Como parte da comunidade LGBTQIAP+ me sinto muito feliz em ver essa mudança de posicionamento da gestão do banco. Muito importante o BB, enquanto banco público, ser representativo para todos os brasileiros”, avaliou. “A gente espera que essa mudança também se reflita internamente, com a valorização da diversidade entre os funcionários e programas de combate à LGBTfobia dentro da empresa”, disse.
Manifestações entre bancários
O banco também realizou uma ação interna que foi a inclusão de um coração com as cores do arco-íris na plataforma online, de acesso aos funcionários. O mesmo tipo de ação o banco tem realizado para outras campanhas, como foi recentemente no mês de março, quando parte da plataforma foi pintada de rosa em homenagem às mulheres ou quando, em novembro, foi pintada de azul, para conscientização sobre a saúde do homem.
Diante de casos que manifestam homofobia dentro da empresa, a representante da CEBB reforça a importância da mesa de diversidade. “Isso reforça a necessidade de falarmos mais do assunto dentro da empresa, através da formação e que precisamos continuar valorizando a conquista desta pauta como mesa permanente, uma reivindicação histórica do movimento sindical bancário. Todas as pessoas têm o direito de serem tratadas com respeito e da mesma maneira, independente de sexualidade, raça, credo e gênero”, concluiu Fernanda Lopes.