Terça, 13 Junho 2023 20:31

Apesar do cheiro de cola e lixo de obra, agência Antônio Carlos do BB abre para o atendimento

Pedaços de carpete estavam espalhados pelos andares, inclusive no subsolo, onde o cheiro de cola era mais forte Pedaços de carpete estavam espalhados pelos andares, inclusive no subsolo, onde o cheiro de cola era mais forte

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Imprensa SeebRio

Um total absurdo aconteceu nesta segunda-feira (12/6). Após passar por uma troca de carpete no fim de semana, a agência Avenida Antônio Carlos do Banco do Brasil abriu normalmente para o atendimento, apesar do cheiro de cola e do lixo da obra – poeira, grandes pedaços de carpete amontoados e espalhados pelos seus três andares, além de uma lata de cola, encontrada próximo a um aparelho elétrico.

Duas diretoras do Sindicato, Rita Mota e Luciana Vieira, e o diretor Júlio César, foram até o local conversar com a gerente. Rita Mota passou mal, sentindo fortes dores de cabeça, ainda na agência e, também enjoo, logo após sair da unidade, até vomitar. Teve que ser levada ao posto da Cassi, no Passeio, onde foi medicada e colocada no soro na área de repouso.

“A cada reparo feito numa agência, a área responsável tem que ser acionada para verificar se no ambiente há condições mínimas de trabalho e que a saúde dos funcionários não está exposta a riscos. Isso, evidentemente não foi feito. Fomos ao local e vimos ser evidente que a agência não tinha como funcionar”, avaliou Rita Mota, nesta terça-feira (13/6), de sua residência, em contato por telefone com a reportagem da Secretaria de Imprensa do Sindicato.

‘Tudo bem’

Os diretores do Sindicato chegaram ao local por volta do meio-dia de segunda-feira para conversar com a gerente, entrando, também, em contato telefônico com a Gerência de Pessoas (Gepes) do BB, que mandou para o local duas técnicas do Sesmt (Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho). Mas apenas após as 14 horas, a gestora fechou a agência para o público.  

Rita contou que na conversa com os dirigentes do Sindicato, a gerente disse ter achado que, ao abrir as janelas do segundo andar, tinha ficado ‘tudo bem’, sem o cheiro forte da cola. Mas o produto continuava exalando. Mesmo que assim não fosse, a química permanecia no ar. Além disto, a agência tem mais dois andares sem janelas, o térreo e o subsolo, sendo que, neste último, ficam os funcionários nos caixas. A gestora acrescentou, ainda, que nenhum funcionário era obrigado a permanecer ali.

A dirigente avaliou que a realização do expediente mesmo nestas condições insalubres pode estar ligada à pressão das metas. “Há um clima de medo no BB em função da exigência de que sejam atingidas as metas a qualquer preço. Talvez esta situação tenha levado as pessoas a não interromperem o trabalho pela pressão contínua das metas que são obrigados a cumprir”, argumentou.

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