Quarta, 31 Mai 2023 12:20

CEBB cobra fim das distorções que fazem da GDP instrumento de assédio

Negociação virtual entre a CEBB e o Banco do Brasil Negociação virtual entre a CEBB e o Banco do Brasil

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Na tarde desta terça-feira (30/5), a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) esteve reunida com representantes do BB. O principal objetivo foi discutir formas de corrigir as distorções que transformam a Gestão de Desempenho Profissional (GDP) em instrumento de assédio.

Entre as propostas feitas durante a negociação está a suspensão do descomissionamento até que o banco implemente mudanças na GDP. Para Rita Mota, dirigente da CEBB  e do Sindicato, o funcionário não pode ser responsabilizado por não vender um produto, o que pode acontecer, ou não, independentemente da sua vontade e, muitas vezes, por não atingir metas, porque não são factíveis.

Lembrou que a GDP foi criada com o objetivo de estimular o desenvolvimento profissional e não como um instrumento de cobrança e punição. Acrescentou que ao longo do tempo, foi sendo alterada unilateralmente pelo banco, sem discussão com o movimento sindical.

“A avaliação do superior hierárquico passou a ter peso desproporcional, desconsiderando as avaliações dos pares e subordinados. A GDP também não valoriza as competências e esforços dos funcionários, apenas os resultados. E ainda desconsidera variáveis intervenientes externas que impossibilitam o atingimento das metas”, criticou.

Transparência

Já a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, destacou que tanto a cobrança de metas quanto a cobrança de desempenho caminham muito próximo ao assédio moral praticado dentro do banco. “Os parâmetros da GDP, por exemplo, precisam ser claros para os funcionários, para que não continue sendo uma ferramenta punitiva ao invés de aprimoramento”, frisou.

Outra reivindicação da CEBB foi a criação de um comitê paritário para debater casos de assédio moral. “Esse instrumento é para avançar de forma mais eficiente na identificação e resolução de casos de assédio no banco, construir saídas conjuntas e que realmente combatam a cultura do assédio”, explicou Fernanda.

Resposta do BB

O banco informou, com base nas reivindicações do movimento sindical, que estão realizando encontros de lideranças e que serão realizados treinamentos, visando a capacitação de gestores para que não reproduzam e combatam as práticas de assédio moral. Além disso, estudos estão em andamento para melhorar os canais da Ouvidoria, que teve a estrutura reduzida no período anterior.  

“Pedimos celeridade na conclusão e apresentação desses estudos. Entendemos que é preciso muito trabalho para acabar com a cultura do assédio dentro do banco e que isso leva tempo. Porém, a mudança precisa ser implementada imediatamente. A saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores não pode esperar.  A GDP virou um instrumento de assédio, quando deveria ser um instrumento de aprimoramento”, reforçou Fernanda.

Agenda das mesas permanentes temáticas:

21/06 – Caixas e demais comissionados que estão no sistema da Plataforma de Suporte Operacional (PSO);

12/07 – Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB);

20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade;

11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa;

28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

*Com informações da Contraf-CUT.

 

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