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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira (15) seu lucro nos três primeiros meses do ano: R$ 8,55 bilhões, tendo crescido 29% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado poderia ter sido ainda melhor não fosse o impacto negativo dos maiores juros do planeta sobre a inadimplência, o que fez com que a provisão para perdas com empréstimos dobrasse em um ano passando de R$ 2,76 bilhões em 2022 para R$ 5,86 bilhões este ano.
O crescimento expressivo do lucro contrasta com a realidade das condições de trabalho, sobretudo a sobrecarga de serviço e o adoecimento por ela gerado, que existem graças ao déficit de pessoal de cerca de 10 mil vagas. Esta sobrecarga é maior ainda nas agências, onde, além do atendimento ao público, os funcionários são obrigados a vender produtos sob pressão das metas.
“O crescimento do lucro é positivo, mas as condições de trabalho têm que melhorar. O número de funcionários é insuficiente para dar conta das tarefas cotidianas além da cobrança diária e sistemática do cumprimento de metas. O preenchimento de vagas, através da convocação do maior número de aprovados no concurso feito em 23 de abril, ajudaria a reduzir um pouco esta sobrecarga”, argumentou Rita Mota, dirigente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB).
Rita classificou como insuficiente o número de vagas a serem preenchidas pelo concurso: 4 mil, para todo o país, sendo 2 mil em agências e 2 mil na área de tecnologia. “Na verdade, não vai resolver o problema do déficit, já que este ano devem estar em condições de se aposentar, cerca de 3.900 funcionários. Vai ser como trocar seis por meia-dúzia”, afirmou.
A dirigente lembrou que além das 4 mil vagas, mais 2 mil aprovados irão para o cadastro de reserva. “Se quiser começar a resolver a questão das condições de trabalho, o BB deve começar por contratar o maior número de aprovados”, avaliou.