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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Os funcionários do Banco do Brasil realizaram na última quarta-feira, dia 6, uma plenária para debater os descomissionamentos impostos pela direção do banco. No encontro, a advogada do Sindicato, Manuela Martins, tirou dúvidas dos bancários sobre o problema. A empresa vai pagar as comissões com as devidas incorporações de gratificação no próximo dia 20 de dezembro, em cumprimento da decisão da Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e federações associadas, após a empresa tentar por diversas vezes, em vão, derrubar a liminar. Os pagamentos serão feitos levando em conta a média dos valores recebidos nos últimos 10 anos.
“O problema é que o BB continua com a prática de retirar o direito às comissões de funcionários com 10 ou mais tempo de casa, descumprindo a decisão da Justiça”, disse a diretora do Sindicato do Rio, Rita Mota.
“Tivemos uma vitória judicial importante, e o Sindicato continuará atento para defender os direitos dos bancários, seja através de nossa mobilização, da negociação ou por via de ações na Justiça”, afirma o diretor da Contraf-CUT, Marcello Azevedo, que participou do encontro, no auditório do Sindicato do Rio.
Entenda o caso
A diretora do Sindicato, Rita Mota também criticou a postura do banco em relação ao problema. “De acordo com o entendimento do BB, os bancários que recebem atualmente remuneração maior do que a que resultaria com a incorporação da média dos valores recebidos no período serão excluídos do recebimento da incorporação, o que não concordamos”, explica Rita. O banco entende também que os bancários que já recebem a média das gratificações dos últimos 10 anos, em decorrência de outras demandas judiciais, também serão excluídos da incorporação, o que o movimento sindical também não concorda.
“É preciso garantir o pagamento da incorporação a todos os bancários que tenham direito. Quem não receber a incorporação no dia 20 ou sofrer novos descomissionamentos, deve procurar imediatamente o Sindicato”, disse Marcelo Azevedo.
É importante frisar que o pagamento se trata de cumprimento de decisão liminar e, portanto, ainda provisória, pois cabem recursos.