Segunda, 11 Dezembro 2017 00:00

Jornal anuncia ampliação do desmonte no Banco do Brasil

Em extensa matéria publicada na última sexta-feira (8/11), o jornal Correio Braziliense anuncia um novo processo de redução da estrutura física e de pessoal do Banco do Brasil. Dele fariam parte um extenso programa de remanejamento de funcionários para outras cidades ou estados, um plano de incentivo à aposentadoria com demissão, além de um plano de demissão voluntária para os que ainda não atingiram o tempo necessário para se aposentar. Estariam no primeiro caso, hoje, mais de 8 mil pessoas.
O novo processo de ampliação do esvaziamento do BB ocorre apenas um ano após outra reestruturação que reduziu em 9,4 mil o número de postos de trabalho, descomissionou e rebaixou cargos de milhares de funcionários, com a implantação de um plano de aposentadoria e fechamento de centenas de locais de trabalho. A implantação da nova reestruturação, segundo o Correio Braziliense, dependeria de aprovação do Conselho Diretor do BB, formado pelo presidente e pelos vice-presidentes e apreciada pelo Conselho de Administração.
Suspeita de privatização
A diretoria do BB, até esta segunda-feira (11/11), não havia negado, ou confirmado as informações. A Comissão de Empresa dos Funcionários enviou ofício cobrando explicações do banco e solicitando reunião para tratar do assunto.
“Mais uma vez o funcionalismo fica sabendo pela imprensa de um novo plano que enxuga a estrutura do banco, atinge os empregos e outros direitos, sem antes dialogar com a Comissão de Empresa, num desrespeito à representação sindical, criando um clima de instabilidade e apreensão entre os funcionários”, afirmou Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão.
No ano passado, a reestruturação (divulgada pelo Fantástico, da TV Globo) detonou um processo de paralisações e manifestações de rua em todo o país, diante do corte de postos de trabalho e de redução da remuneração e do número de agências, além da possibilidade de ser uma preparação da privatização do banco. “A se confirmar este novo processo de esvaziamento, veremos esta suspeita reforçada, ainda mais sendo a política privatista uma característica do governo Temer, maior acionista do banco”, argumentou Rita.
A dirigente lembrou que esta possibilidade se torna cada vez mais concreta, principalmente quando se constata a presença de interesses privados dentro do BB. Ano passado foi contratada para elaborar a reestruturação a Falconi Consultores de Resultados, que tinha, na época, em seu Conselho de Administração, Pedro Moreira Sales, do Itaú, e diretor da Febraban. O esvaziamento do BB pode ser a preparação para a sua privatização, afirmou.

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