Quinta, 18 Setembro 2025 17:14

Movimento sindical bancário volta a discutir com Itaú as demissões em massa

As coordenadoras do Comando Nacional, Juvandia Moeira e Neiva Ribeiro, participam da negociação. Foto: SeebSP. As coordenadoras do Comando Nacional, Juvandia Moeira e Neiva Ribeiro, participam da negociação. Foto: SeebSP.

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Imprensa SeebRio

Após a pressão das mobilizações nacionais desta quarta-feira (17/9) e do contato da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo – cidade que concentra a maioria das demissões em massa no Itaú – com a Fenaban, o banco retomou, na tarde desta quinta-feira (18/9), a negociação sobre as dispensas ocorridas em 8 de setembro. O retorno ao diálogo ocorre três dias após o Itaú ter dito que não havia espaço para negociação.

A alegação para o corte foi a baixa produtividade dos que estão em trabalho remoto, o que os sindicatos rebatem. Em matéria no seu site, o Sindicato de São Paulo sustenta que os bancários não tinham ciência do monitoramento e de seus critérios; não receberam qualquer contato prévio para possível correção das tarefas; sendo que grande parte deles são bancários premiados e promovidos pelo próprio banco. Além disto, o monitoramento não levou em consideração as especificidades de cada área e o escopo de trabalho de cada bancário. Outro agravante, é que a demissão em massa não foi comunicada previamente aos sindicatos, desrespeitando o processo negocial; além do que os trabalhadores foram expostos publicamente pelo banco de forma vexatória.

Além da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, participa também da negociação desta quinta, a presidenta do Sindicato de São Paulo, Neiva Ribeiro, ambas do Comando Nacional dos Bancários.

Lucros bilionários – “O Itaú é o maior banco privado do país, com lucros bilionários, e não pode tratar seus trabalhadores dessa forma. O que vimos foi uma demissão em massa feita de maneira arbitrária, sem negociação com o movimento sindical e sem qualquer justificativa plausível. O movimento sindical bancário denuncia essa situação e exige respeito com quem constrói diariamente os resultados do banco”, disse Juvandia.

Já Neiva, afirmou que o Sindicato, desde o dia das demissões, no último dia 8, realizou diversas reuniões, organizou uma plenária com cerca de 400 trabalhadores afastados e promoveu mobilizações em unidades do banco. “Os relatos coletados apontam que esses bancários demitidos estavam sendo monitorados e, em muitos casos, receberam boas avaliações de desempenho. Ainda assim, o Itaú se recusou a rever ou suspender as demissões. Não aceitaremos cortes injustificados em um banco que continua lucrando à custa do esforço de seus funcionários. Queremos a reintegração imediata dos demitidos”, afirmou.

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