Sábado, 14 Mai 2022 13:27

Encontro do BB: ano é de garantir direitos na campanha e de eleger Lula para reconstruir o Brasil

Na mesa de abertura do Encontro, da esquerda para a direita: os diretores eleitos da Previ e da Cassi, Márcio de Souza e Fernando Amaral, a presidenta da Federa/RJ, Adriana Nalesso, e o presidente do Sindicato, José Ferreira. Na mesa de abertura do Encontro, da esquerda para a direita: os diretores eleitos da Previ e da Cassi, Márcio de Souza e Fernando Amaral, a presidenta da Federa/RJ, Adriana Nalesso, e o presidente do Sindicato, José Ferreira.

Olyntho Contente

Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

Este é um ano dos mais importantes para a vida dos bancários e da população brasileira. Nele vamos ter a campanha nacional dos bancários, que se inicia com a luta corporativa pela manutenção de direitos, tanto na Convenção Coletiva de Trabalho e nos acordos específicos por banco; um ano de garantir soluções e melhorias na Previ e na Cassi; e ano de campanha, não só para derrotar Bolsonaro nas eleições de outubro e colocar em seu lugar um governo Lula voltado para atender às necessidade da população e reconstruir o Brasil, destruído pelo governo atual de extrema-direita, como eleger uma forte bancada que apoie o projeto de país do novo governo.

Estes foram os principais pontos em comum entre os participantes da mesa de abertura do Encontro Estadual dos Funcionários do Banco do Brasil, neste sábado (14/5). O evento - organizado pela Federação Estadual das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ) - está sendo realizado de forma presencial, no auditório do Sindicato, e pelas redes virtuais da entidade. A Federa-RJ (e sindicatos filiados) terá direito a 20 delegados para o Congresso Nacional, sendo 10 presenciais e 10 virtuais.

Os debates do Encontro Estadual serão encaminhados para o 33º Congresso de Funcionários do BB que será realizado nos dias 8, 9 e 10 de junho, na cidade de São Paulo, em formato híbrido, parte presencial e parte através de plataforma de videoconferência. Dia 8 à noite será a abertura, dia 9, Congresso do BB, e dia 10, Encontro de Mulheres e Juventude e Encontro de Saúde.

CCT e eleição

O presidente do Sindicato, José Ferreira, lembrou que neste ano, por força do corte de direitos da reforma trabalhista, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) deixa de valer em 31 de agosto próximo, o mesmo em relação aos acordos específicos, o que vai exigir uma maior participação e mobilização da categoria bancária. Lembrou que para defender a democracia contra ataques golpistas, impedir que mais direitos sejam cortados e fazer o país voltar a ter uma política voltada para a população, geração de emprego, renda e reconstrução do Brasil, é preciso eleger o presidente Lula. "É preciso pôr fim ao governo Bolsonaro elegendo uma alternativa democrática e popular que governe para todos e em especial aos trabalhadores. A alternativa capaz de dar conta dessa tarefa é a de Lula", afirmou. Marcos Alvarenga, presidente do Sindicato dos Bancários de Petrópolis e diretor de bancos públicos da Federa RJ fez uma saudação aos funcionários do BB.

Além de Ferreira, participaram da mesa de abertura Adriana Nalesso, presidenta da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ); e os diretores eleito recentemente, da Cassi, Fernando Amaral, e Márcio de Souza, da Previ. Dos palestrantes, o primeiro a falar foi Márcio de Souza.

“Este é um dos mais importantes anos das nossas vidas. Um ano de muita luta e resistência em que vejo três objetivos principais: fazer uma campanha nacional dos bancários que assegure vitórias ao seu final, com a manutenção de direitos; a eleição do final do ano para tirar este governo fascista que acabou com o país e eleger Lula presidente; e investir pesado em uma maior mobilização da categoria bancária para as lutas mais gerais, como as eleições, e para garantir mais conquistas em seus direitos”, listou Márcio de Souza.

Vitória na Cassi e Previ

Fernando Amaral agradeceu aos que elegeram as chapas apoiadas pelo movimento sindical, tanto na Previ, quanto na Cassi, ressaltando que foi fundamental para isto a unidade entre as forças políticas. Fez uma crítica à visão de que a Cassi deve ser administrada pensando apenas nas suas finanças.

“Um banco ou uma empresa têm como objetivo alcançar bons resultados financeiros porque têm fins lucrativos. Instituições como a Previ e a Cassi não têm o lucro como finalidade. Nosso papel (da Cassi) como diretores eleitos é o de garantir a melhor qualidade de atendimento à saúde de forma sustentável, já que somos sem fins lucrativos”, disse. Lembrou que a Cassi tem o menor custo per capta do mercado, o que confirma o sucesso do modelo de gestão.

Unidade

Márcio concordou com Amaral, frisando que foi a unidade um dos fatores determinantes na eleição vitoriosa na Cassi e na Previ, de candidatos apoiados pelo movimento sindical. “Divididos não podemos muita coisa. Por isto mesmo é tomar este exemplo e levá-lo também para as eleições que ocorrerão em outubro deste ano. É importante garantir a vitória de forças populares com Lula”, argumentou.

Avaliou que um governo Lula vai encontrar um país muito mais destruído do que quando tomou posse pela primeira vez como presidente em 2003. “De 2016, ano do golpe que derrubou Dilma Roussef, para cá, tivemos muita destruição, com perda de direitos, corte de verbas da saúde, educação, desmonte da máquina pública, economia estagnada, chegando a 12 milhões de desempregados, inflação descontrolada, órgãos oficiais aparelhados para atender interesses pessoais ou de grupos. O projeto do novo governo terá que tomar como tarefa principal a reconstrução do Brasil”, afirmou Márcio de Souza.

Privatizar, não

Falando especificamente sobre a Previ e Cassi, Márcio disse ser preciso entender que não se tratam de empresas, mas de instituições associativas cujo objetivo é fazer gestão para atender os associados. Rita Mota, diretora do Sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), acrescentou que outra luta é a defesa do banco, ameaçado de privatização por Bolsonaro.

O maior acionista do BB é o governo que, sendo este que aí está, tem como objetivo privatizar não só o banco, como todas as estatais. “Temos que eleger um novo patrão, que tenha uma visão estratégica que veja as empresas públicas como alavancas para o desenvolvimento do país. E eleger também um novo Congresso Nacional que apoie o novo governo”, defendeu.

Desafios

Adriana Nalesso enumerou como desafios deste ano, a renovação da CCT e dos acordos bancários, na questão corporativa; e, nas eleições, definir um futuro melhor para os bancários e demais trabalhadores e trabalhadoras. “O governo atual só toma medidas que cortam direitos, como fez com a reforma da Previdência e reforma trabalhista, dizendo que era para gerar empregos. O tempo passou e temos mais de 12 milhões de desempregados, e, qual a política que Bolsonaro e Paulo Guedes criam para encobrir o alto desemprego? Baixam uma medida provisória criando o ‘trabalhador voluntário’, sem direitos, e recebendo uma ajuda de custo de R$ 570”, afirmou.

Lembrou que até as estatais, importantes empresas para o país, estão ameaçadas de privatização. “É hora de mudar esta difícil realidade. Mudar de governo, por isto, além da campanha nacional dos bancários, temos que criar comitês de luta para fazer o debate com os bancários e a sociedade da necessidade urgente de mudarmos o governo e elegermos Lula presidente, para termos um governo voltado para a população”, frisou.

Veja o que está previsto para acontecer no Encontro Estadual de funcionários do BB

FEDERA-RJ – 14/05/2022 – das 9h às 17h

Programação:

  • 9h - Abertura – Com a participação de Fernando Amaral, diretor

eleito da Cassi e Marcio de Souza, diretor eleito da Previ.

  • Debate das propostas para os encontros de Mulheres e Juventude

e de Saúde do BB.

  • 12 h – Almoço
  • 13 h – Campanha Salarial e Organização –Mesa Contraf –João

Fukunaga , Coordenador da Comissão de empresa do BB, Rita

Mota, representante do RJ na Comissão de Empresa e Marcos

Alvarenga, Diretor de Bancos Públicos da FEDERA RJ.

  • Debates e deliberação das propostas a serem encaminhadas ao

Congresso Nacional do BB.

  • Eleição dos delegados ao 33º Congresso de Funcionários do

BB.

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