Sábado, 01 Mai 2021 22:33
A VOLTA POR CIMA

Lula e Dilma criticam tragédia econômica e social e falam em reconstrução do país

Em ato virtual do 1º de maio, ex-presidentes trazem mensagem de esperança aos brasileiros ante um Brasil destroçado pelo desemprego, miséria e mortes pela Covid-19
Lula criticou as mazelas do Governo Bolsonaro, mas trouxe uma mensagem de esperança, dizendo confiar no povo brasileiro Lula criticou as mazelas do Governo Bolsonaro, mas trouxe uma mensagem de esperança, dizendo confiar no povo brasileiro

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) discursou no encerramento do ato virtual em comemoração ao 1º de Maio Unificado da CUT e demais centrais sindicais: Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical, Pública e CGTB. O petista trouxe uma mensagem de esperança ao povo brasileiro, apesar da tragédia econômica, social e sanitária.

Lula disse confiar no povo brasileiro e criticou o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), “que está destruindo o nosso país", mas declarou que "o Brasil vai dar a volta por cima”, convocando os brasileiros a reconstruírem, juntos, o país.

“Não podemos perder a esperança por que a primeira coisa que nossos inimigos tentam matar é nossa esperança, e um povo sem esperança está condenado a aceitar migalhas, a ser tratado como gado a caminho do matadouro, como se não houvesse outro jeito”, ressaltou. Falou ainda das experiências exitosas dos governos do PT.

"Nós já provamos que existe outro jeito de governar, que é possível garantir a cada trabalhador e a cada trabalhadora um salário digno, a segurança da carteira assinada, do 13º e as férias remuneradas, para descansar, ou viajar com a família. É preciso acreditar que o Brasil pode voltar a ser um país de todos", disse o ex-presidente, destacando os números da tragédia econômica brasileira: mais de 20 milhões de desempregados (14,4 milhões procurando emprego e 6 milhões desalentados, que já desistiram de buscar uma chance no mercado de trabalho). Lula criticou a tragédia provocada pela pandemia do novo coronavírus, lembrando que a doença não foi levada a sério pelo atual presidente.

O presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, saudou a unidade das centrais na pauta em defesa da vida, da democracia e do emprego. “ É preciso impedir  que a fome chegue ainda mais nos lares do povo brasileiro. Esse compromisso é importante, por isso a unidade das centrais foi a coisa mais importante que nós construímos no último período e, tenho certeza que será fundamental importância para os dias que virão à frente”, afirmou o sindicalista. 

Dilma: “catástrofe sanitária e social”

A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) citou os mortos pela Covid-19, as 400 mil vidas perdidas, a crise econômica sem precedentes e o desemprego. 

“Vivemos uma catástrofe sanitária social e o país está submetido a comportamento genocida de um governo que despreza a vida; que revogou direitos dos trabalhadores alcançados ao longo de 13 anos de governos progressistas”, disse, afirmando que a culpa é do atual governo “neoliberal fascista”.

Como Lula, Dilma não perdeu a esperança e defendeu a reconstrução do país.

“A reconstrução tem de começar pela garantia de vacina pública e gratuita para todos, uma renda emergencial digna de no mínimo R$ 600, a extinção da emenda do teto de gastos e a defesa intransigente da soberania nacional, afirmou Dilma.

Ciro: “novo projeto de desenvolvimento”

Ciro Gomes (PDT) disse que “este 1º de maio, infelizmente, é o do pior momento da história moderna do país, mas que precisa ser também o de maior compromisso de luta e carga de esperança de nossas vidas”. Criticou as ameaças feitas pelo governo Bolsonaro ao movimento sindical e os sucessivos fracassos de governos que, segundo ele, reproduziram o mesmo modelo econômico, pedindo a união de todos os brasileiros e brasileiras em torno de um projeto nacional de desenvolvimento

“Precisamos sair deste círculo vicioso e criarmos, juntos, um novo projeto nacional de desenvolvimento, que reduza a miséria, o desemprego e as desigualdades, criando oportunidades iguais para todos e revolucionando o acesso e a qualidade do ensino, dando aos filhos dos trabalhadores escolas tão boas ou melhores do que à dos patrões”, disse. 

Boulos: “impeachment de Bolsonaro”

Guilherme Boulos (PSOL) defendeu o impeachment de Bolsonaro.

“O povo não aguenta sangrar até 2022. Assim que for possível, nós vamos encher as ruas do Brasil para poder derrotar, de uma vez por todas, este governo genocida”.   

Flávio Dino e Manuela: "é hora de lutar"

O governador do Maranhão Flávio Dino e Manuela D'Ávila do PCdoB também criticaram Bolsonaro: “Este governo deixa os vulneráveis jogados à própria sorte. É hora de lutar por impeachment, garantia de vacina e emprego. Derrotaremos Bolsonaro e daremos voz a um Brasil democrático. Viva a luta das centrais”, declarou Manuela.

FHC: “reativação da economia”

Fernando Henrique Cardoso (PSDB) falou da crise e do desemprego no Brasil. 

“Eu diria que a questão fundamental nesse país hoje é reativar a economia de modo tal que ela possa permitir que tenhamos trabalho e renda para as nossas famílias, e educação, que também é fundamental”, disse. 

 

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