Quarta, 25 Março 2020 00:27
NEM COM A PANDEMIA

Executivos da Caixa continuam pressionando os empregados a cumprirem metas

Carlos Vasconcellos/Imprensa SeebRio

Após o Sindicato ter denunciado que executivos da Caixa Econômica do Rio de Janeiro estão impondo pressão psicológica e até assédio moral para os empregados cumprirem as metas, em plena crise causada pela pandemia do coronavírus, a vice-presidência de Pessoas do banco ligou para o diretor do Sindicato Carlos Arthur Boné garantindo que “"ninguém será prejudicado em razão dos resultados deste período de contingência”, e que "o foco no atendimento da Caixa neste período é cuidar das pessoas". Informou ainda  que já havia repassado a orientação para que não fossem cobradas metas.

“Apesar da afirmação do representante da Caixa, o Sindicato não para de receber denúncias da crescente pressão que os bancários estão sofrendo para o cumprimento de metas, numa prática que já é desumana no cotidiano da empresa, imagina agora num momento em que as pessoas estão apavoradas com a calamidade da proliferação do Covid-19 no país. É uma crueldade inaceitável”, disse Boné.  

Assédio como prática

Mesmo com a orientação da vice-presidência da empresa de que “o foco agora é cuidar das pessoas”, os velhos gestores assediadores não perderam o costume de pressionar os subordinados. Segundo as denúncias, um desses executivos, Cláudio Martins, teria cobrado os resultados das unidades, querendo saber “quantos contratos de crédito imobiliário os bancários teriam para assinar, quantos poderão ser assinados até o final deste mês e quantos para o mês de abril, se for instituída a entrevista com clientes à distância”.

As respostas teriam que ser dadas num prazo de uma hora, por whatsApp, denunciam os funcionários.

"Este senhor é um velho conhecido do Sindicato. Já o denunciamos outras vezes por assédio moral. Conhecemos seu conceito e lógica política. Ele escreveu em jornais elogios rasgados ao presidente Bolsonaro e atacou o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL) por ter sido obrigado a se autoexilar. Exigimos o fim imediato das cobranças de quaisquer metas. As vidas importam mais do que os lucros", afirma indignado o Diretor do Sindicato Carlos Arthur "Boné".

Mídia