Sábado, 08 Junho 2019 15:34

Encontro de funcionários do BB aprova participação na greve geral contra a reforma da Previdência, dia 14 de junho

Participação de todos os funcionários do Banco do Brasil na greve geral do dia 14 contra a reforma da Previdência e na luta para barrar a privatização do BB. Estas foram as duas principais decisões aprovadas por unanimidade neste sábado (8/6) no Encontro Interestadual dos Funcionários do banco, no auditório da CUT/RJ.

Também foi aprovada proposta de considerar prioritária a mobilização contra o assédio moral do BB sobre os funcionários que tem como objetivo pressionar pelo cumprimento de metas de venda de produtos. A proposta lembra que a ética do capital é o lucro e para alcançá-lo a evolução da cobrança em cima dos trabalhadores é cada vez mais perversa. Foram palestrantes no encontro, a integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e diretora do Sindicato, Rita Mota, o diretor eleito da Previ, Márcio de Souza, a representante eleita pelos funcionários no Conselho de Administração do banco (Caref), Débora Fonseca e a integrante do Conselho de Usuários da Cassi, Regina Marçal.

O encontro decidiu, ainda, que novas propostas poderão ser encaminhadas à Federação dos Bancários do Rio e Espírito Santo até a quarta-feira da próxima semana. Todas as proposições, estas novas e as já aprovadas, serão encaminhadas ao 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil a ser realizado nos dias 1º e 2 de agosto, em São Paulo. O encontro elegeu uma chapa única formada por integrantes de todas as forças políticas de esquerda da categoria bancária do Rio e Espírito Santo, da diretoria do Sindicato e da Oposição. O acordo foi necessário devido ao cenário de ataques graves aos direitos dos trabalhadores, por parte do governo Jair Bolsonaro.

Greve geral

Os participantes do encontro frisaram que a reforma da Previdência vai reduziros valores das aposentadorias e pensões, aumentar o tempo de contribuição, estabelecer idade mínima acabando com isso, na prática, com o direito à aposentadoria. Vai privatizar a Previdência pública através da criação do sistema de capitalização a ser administrado pelos bancos, através da contribuição apenas dos trabalhadores e não mais dos empregadores (bancos, demais empresas e governos).

A economia de R$ 1 trilhão em dez anos, que o ministro Paulo Guedes anuncia como essencial para tirar o país da crise que o governo mesmo gerou, vai aumentar o privilégio de militares, juízes e parlamentares e aumentar a miséria dos trabalhadores. E não vai gerar mais emprego, como promete Bolsonaro, repetindo a mentira da reforma trabalhista de Michel Temer, que prometeu que mais empregos, e nada disso, aconteceu, pelo contrário. Na verdade, a reforma vai tirar dos aposentados e trabalhadores da ativa para beneficiar os patrões, principalmente os banqueiros.

Privatização

Em relação à privatização iminente do BB, foi frisado que muitos funcionários estão iludidos e que é preciso serem conscientizados e se mobilizar para a luta contra e venda do banco. E que em caso de privatização, haverá demissão em massa. Primeiramente, porque os bancos não vão manter duas estruturas administrativas e nem os direitos que os funcionários dos bancos públicos têm a mais que os dos bancos privados. Para os participantes do encontro é preciso trazer todos os colegas do BB para essa luta, rompendo com as ilusões corporativas e individualistas.

Congresso do BB

Em um cenário de ataques, o 30º Congresso Nacional dos Funcionários do BB é uma ferramenta essencial para deter as medidas do governo que enfraquecem o banco e atacam os direitos dos funcionários e de todos os demais trabalhadores. As discussões devem girar em torno do fechamento de agências, corte nos postos de trabalho e manutenção da luta contra a resolução 23 da CGPAR. Além disso, os funcionários do BB devem debater, durante os dois dias de evento, ações para defender a Cassi e contra as ameaças aos fundos de pensão. 

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