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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Reunião virtual da CEE-Caixa com a direção do banco tratou de vários temas, como o programa Super Cauxa, fechamento de agências, Saúde Caixa, entre outras demandas dos empregados
Foto: Contraf-CUT
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal voltou a cobrar mudanças profundas no programa Super Caixa.
Os representantes dos trabalhadores relataram na reunião virtual realizada nesta sexta-feira (19), que o programa, criado para substituir o Bônus Caixa e o TDV (Time de Vendas), tem imposto regras complexas e critérios injustos, definidos sem negociação com a representação sindical. Bancários reclamam da falta de transparência nos critérios e do modelo de remuneração, que dificultam ou até impedem o recebimento das comissões e do bônus pelos bancários.
Participe do abaixo-assinado
O movimento sindical reforçou a importância do abaixo-assinado nacional contra o Superior ao do último Caixa, que cobra a suspensão do programa nos moldes atuais, a abertura imediata de negociação, a garantia de que ele não substitua nem reduza a PLR e a adoção de mecanismos de proteção à saúde mental. Para participar do abaixo-assinado basta clicar no link abaixo desta matéria.
Critérios injustos
Segundo queixas dos empregados da Caixa, mesmo aqueles que atingem suas metas individuais acabam ficando sem premiação quando a agência não alcança todos os indicadores coletivos, o que tem gerado revoltado os funcionários e gerado conflitos internos. Além disso, metas desumanas têm gerado um aadoecimento cada vez maior de trabalhadores.
Fechamento de agências
A CEE-Caixa reivindicou ainda, o fim do processo de reestruturação e o fechamento de unidades de atendimento à população.
Outros temas
O encontro tratou também do Saúde Caixa, do empréstimo consignado e de pendências relacionadas à remuneração, como a Promoção por Mérito.
Unanimidade negativa
A avaliação negativa do Super Caixa é praticamente uma unanimidade entre os trabalhadores, gerando grande indignação em bancários de todo o país.
Entre as principais críticas estão a mudança das regras durante o período de apuração, a redução dá previsibilidade, a intensificação das metas e o alongamento da periodicidade de pagamento, que deixou de ser trimestral e passou a ser semestral.
“Os colegas estão jogando o jogo e a regra muda no meio do caminho. Isso não é justo. O trabalho já está sendo feito, os resultados estão sendo entregues, mas a remuneração não chega. A lógica precisa ser simples: vendeu, recebeu”, afirmou o coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco para a imprensada Contraf-CUT.
Fechamento de agências
A CEE também voltou a alertar para os impactos do processo de reestruturação e fechamento de agências, que vem sendo intensificado desde 2017. Dados divulgados pela Contraf-CUT e pela Fenae mostram que, desde então, a Caixa já fechou 196 agências, sendo 113 apenas em 2024, o que compromete o acesso da população aos serviços bancários, especialmente em municípios e bairros onde a Caixa é o único banco, além de enfraquecer a economia local.
Desmentindo o compromisso assumindo de que não haveria perdas, trabalhadores transferidos têm sido descomissionados, especialmente caixas, tesoureiros e gerentes, com redução salarial.
Fim da extinção de agências?
Durante a reunião, os representantes da Caixa afirmarsm que não haverá novos fechamentos de unidades em 2026. A informação é muito relevante, mas que não elimina a preocupação com os efeitos das mudanças já mplementadas.
A CEE reforçou que todas as alterações estruturais devem ser discutidas previamente em mesa de negociação, conforme prevê o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
“A Caixa não é um banco qualquer. Ela cumpre um papel social essencial. Quando uma agência fecha, não é só um prédio que deixa de existir, é a porta do Estado que se fecha para a população e também gera insegurança para quem trabalha”, destacou a representante da Fetec/CN na CEE, Tatiana Oliveira. “Também nos preocupamos com os demais trabalhadores, como vigilantes, recepcionistas, telefonistas e serviços gerais que precisam ser realocados e não demitidos”, completou.
Denuncie ao Sindicato
A Caixa reafirmou o compromisso de que ninguém deve ter prejuízo na remuneração e que já passou essa instrução para todos os gestores. Diante disso, a CEE orienta que as empregadas e os empregados que tiverem queda salarial ou se sentirem prejudicados em razão da reestruturação ou do fechamento de unidades procurem imediatamente os sindicatos, para que sejam tomadas as devidas providências. Os telefones do Sindicato do Rio são: (21) 2103-4122/4123.
Promoção por Mérito e Saúde Caixa
Sobre a Promoção por Mérito, a Caixa informou que os deltas têm previsão de pagamento em janeiro, após a análise do cumprimento dos critérios. A CEE cobrou que as reuniões para definição dos critérios dos deltas de 2026 ocorram já a partir de janeiro. Em relação ao Saúde Caixa, o banco não confirmou a data exata da assinatura do acordo, mas informou que a previsão é que a assinatura ocorra na próxima semana. A Caixa, no entanto, não apresentou respostas aos questionamentos da CEE sobre como ficará a rede de atendimento e a assistência à saúde nas bases onde o acordo não foi aprovado, como é o caso do Rio de Janeiro, gerando ainda mais insegurança e preocupação nos bancários destas localidades.
Comitês de Credenciamento
Outra cobrança feita na mesa foi sobre o funcionamento dos Comitês de Credenciamento, que precisam trazer respostas efetivas que apontem para melhoria da qualidade do plano e ampliação da rede de credenciados, especialmente no interior, onde a cobertura geralmente é mais deficitária.
Após cobrança do movimento sindical, a Caixa comunicou à rede que o Termo de Aceite do Intervalo para repouso e alimentação foi revogado, atendendo a uma reivindicação dos sindicatos e da CEE.
Empréstimo consignado
Em relação ao empréstimo consignado, a empresa informou que o problema decorre de falhas na Dataprev e que a previsão de retomada das concessões é o dia 23. A CEE alertou que, caso isso não se concretize, será necessário discutir alternativas imediatas para não prejudicar os empregados.
Nova reunião em janeiro
A próxima reunião de negociação entre a CEE e a Caixa está prevista para o final de janeiro, ainda sem data definida. Até lá, a Contraf-CUT, a Fenae e as entidades sindicais seguem mobilizadas, cobrando diálogo, transparência e respeito aos direitos, e reforçam o chamado para que os empregados da Caixa assinem o abaixo-assinado contra o Super Caixa e fortaleçam a luta coletiva.
O diretor do Sindicato do Rio Sérgio Amorim também participou da reunião.
Clique no link abaixo e participe do abaixo-assinado contra o modelo atual do Super Caixa