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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Mario Dal Poz, diretor do Instituto de Medicina Social da UERJ, falou da pesquisa que será feita sobre doenças vinculadas à atividade profissional das categorias mais afetadas, entre elas a bancária. José Ferreira e Edelson Figueiredo estiveram na plateia acompanhando a explanação
Foto: Marianna Teodoro
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Na última quinta-feira (6), o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro assinou um convênio com a UERJ para a realização de um estudo intitulado “Condições de Trabalho e Doenças Relacionadas ao Trabalho”. Participam do convênio também os sindicatos da categoria de Niterói e da Baixada Fluminense, além da Área Médica da Polícia Militar do Rio de Janeiro e o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ).
Categorias como bancários e policiais militares figuram entre as que mais sofrem com doenças da mente decorrentes da atividade profissional.
Pesquisa com trabalhadores
O programa será realizado por meio de uma pesquisa, que será divulgada em breve. Bancários e bancárias poderão participar. A participação será anônima e acessível, com processo simples e seguro.
Números do INSS
Segundo dados do INSS, a categoria bancária está entre as cinco com maior número de afastamentos por transtornos mentais no país. De 2012 a 2024, os gerentes bancários ocuparam a segunda posição no ranking de afastamentos por saúde mental e de 2023 a 2024, os afastamentos por transtornos mentais saltaram de aproximadamente 283 mil para 471 mil, um aumento de cerca de 66% em apenas um ano. “O trabalhador está o tempo todo acelerado acima do normal. Chega um momento em que ele não consegue mais dar conta das metas e da pressão que o banco impõe. Muitos só revelam o adoecimento quando já não conseguem esconder por medo de serem demitidos. Isso nos preocupa, e por isso queremos trazer esse debate para a sociedade e para a categoria”, afirmou o presidente do Sindicato do Rio de Janeiro, José Ferreira.
Categoria adoecida
O diretor executivo de Saúde do Sindicato, Edelson Figueiredo, descreveu a situação dramática dos bancários adoecidos em função de metas desumanas e assédio moral: “Os bancos insistem em querer desvincular o adoecimento da categoria da atividade profissional, mas os dados oficiais do INSS provam a veracidade das denúncias do movimento sindical. É cada vez maior o número de trabalhadores de banco adoecidos devido à pressão para o atingimento de metas, à sobrecarga de trabalho e ao medo de ser demitido”, explicou Edelson.