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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A CEE-Caixa (Comissão Executiva dos Empregados) rejeitou, nesta segunda-feira (6 de outubro), em São Paulo, a proposta apresentada pela diretoria da Caixa Econômica Federal sobre o Saúde Caixa. Esta foi a quarta mesa de negociação e a primeira em que a direção da empresa apresentou uma proposta formal. O banco já havia divulgado anteriormente um estudo que, na prática, reproduzia a mesma proposta — incluindo o pagamento de 17 mensalidades em 2026, sendo quatro a mais que as 13 atuais, com a justificativa de cobrir o déficit do plano neste ano.
Proposta dos empregados
A representação sindical dos empregados e empregadas mantém a proposta de reajuste zero, argumentando que o principal gerador do déficit é o teto imposto unilateralmente pela Caixa em seu Estatuto. “A Caixa negociou conosco a relação de custeio de 70% para a empresa e 30% para os empregados, mas depois incluiu um limitador no próprio Estatuto que impede a empresa de honrar esse compromisso”, explica o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro Rogério Campanate, que representa a base da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro) na reunião.
Segundo o dirigente, essa medida transfere integralmente para os empregados a responsabilidade pelos reajustes necessários em função da inflação médica, da ampliação do rol de procedimentos e de outros fatores que elevam os custos do plano.
“Nossa proposta é muito clara: reajuste zero. Nossos estudos mostram que, se a Caixa não tivesse alterado unilateralmente o teto no Estatuto, poderia aportar R$ 1,4 bilhão, valor mais que suficiente para cobrir os déficits. Agora é mobilização total para garantir o reajuste zero”, concluiu Campanate.
Na terça-feira (7) tem nova rodada de negociação. Confira no site, novas informações sobre as negociações: www.bancariosrio.org.br.
Audiência Pública no Rio
Na mesma segunda-feira (6), teve audiência no Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro, referente ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024-2025 em que a base do Município do Rio rejeitou a proposta da Caixa.
O movimento sindical informou à procuradoria do MPT, que a Caixa aplicou o acordo sobre o Saúde Caixa também nas bases em que foi rejeitado, ferindo a autonomia das assembleias. Os representantes da Caixa Argumentaram na audiência para justificar a sua posição, que se tratava de um plano de abrangência nacional com regras vigentes no ACT.
Os representantes dos empregados da Caixa explicaram também que, além das normas coletivas de trabalho, a tese do movimento sindical tem origem também em normativos internos, que com o tempo sofreram alterações e que acabaram prejudicando os trabalhadores.
A Caixa informou que há uma negociação em andamento para as tratativas de renovação do acordo que vence em dezembro.
Com base nessas informações o procurador deu um prazo de 30 dias para que as partes se manifestem.
A Proposta da Caixa rejeitada pela CEE
Mensalidades:
Titular - de 3,5% para 5,5%
Dependente - de R$ 480 pra R$ 672
Teto familiar - de 7% para 12%