EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Banco do Brasil passa a adotar ações afirmativas em seus processos de recrutamento interno com o objetivo de promover maior diversidade e representatividade na instituição. A informação foi divulgada pela direção do banco público durante reunião com a Comissão de Empresa das Funcionárias e dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), realizada nesta quinta-feira (6). Na ocasião, foram discutidas as mudanças no sistema de recrutamento interno DigiTAO, voltadas à correção de desigualdades históricas no acesso a cargos de liderança.
Com a nova formatação, o DigiTAO será dividido em três blocos de classificação: Bloco 1 – Priorizados: mantém os 20 primeiros classificados por pontuação, sem alterações em relação ao modelo anterior; Bloco 2 – Qualificados/Certificados: inclui funcionários que participaram de programas corporativos de ascensão, sem limite de vagas e Bloco 3 – Classificados com ações afirmativas: seleciona os 20 primeiros classificados com aplicação de cotas, sendo 7 vagas por ampla concorrência, 1 para pessoa com deficiência, 6 para mulheres e 6 para pessoas negras, pardas ou indígenas.
Caso não haja número suficiente de inscritos em alguma das categorias, as vagas remanescentes serão redistribuídas para a ampla concorrência.
“O Banco do Brasil se torna uma referência exemplar para outras instituições, pois leva em consideração a diversidade da população brasileira, garantindo que os grupos sub-representados possam, efetivamente, ocupar espaços de liderança. Foi uma decisão importante e acertada do banco, que atende a uma demanda histórica do movimento sindical”, avalia Rita Mota, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e representante da CEBB.
As novas regras estão alinhadas ao compromisso do BB com a equidade de gênero e racial. A instituição possui metas públicas assumidas, como alcançar até 2025 pelo menos 30% de pessoas negras, indígenas e quilombolas em cargos de liderança, com objetivo de atingir 50% até 2030 e 30% de mulheres em posições de gestão até 2025, chegando também a 50% até 2030.
Outras ações afirmativas já vêm sendo implementadas em diferentes áreas da empresa. Processos seletivos internos, da Fundação BB e da BB Asset, por exemplo, já utilizam cotas voltadas a grupos historicamente sub-representados.
A partir de 2025, todas as autodeclarações de raça passarão a ser validadas por comissões de heteroidentificação - procedimento complementar à autodeclaração que avalia características fenotípicas para verificar a veracidade da declaração, conforme critérios de políticas públicas e em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que exige o consentimento prévio para o uso de dados sensíveis.
“É um passo histórico e relevante conquistado pelos bancários e bancárias do Banco do Brasil que contribui para o enfrentamento de todas as formas de preconceito e discriminação. Isto fortalece a nossa luta por igualdade de oportunidades em questões de gênero, raça e também para pessoas com deficiência”, afirmou Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.