EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente
Imprensa SeebRio
“A crise climática impacta mais diretamente a classe trabalhadora, seja social ou economicamente. Por isso temos a responsabilidade de nos apropriarmos da luta por uma transição justa”. É sob essa ótica que a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Eliane Cutis, explicou, a importância da realização da 5ª Conferência Livre do Meio Ambiente.
O encontro promovido pela Contraf-CUT acontece na segunda-feira (20/1), às 14h, de forma virtual, pelo Zoom. As inscrições podem ser feitas pelo link https://encurtador.com.br/YoPCK. O evento poderá ser ouvido pelo Spotify: https://open.spotify.com/episode/1c7wv4bNboxZV6Tm8DXJig?si=3997fb162bfa43d0.
A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente é promovida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, com inúmeras ações que estão sendo realizadas no país desde o ano passado, e que vão até maio deste ano, 2025, incluindo também conferências municipais e estaduais. Especificamente, as conferências livres são convocadas pela população, seja de maneira organizada, por meio de entidades e instituições, seja por grupos de pessoas.
Elaine Cutis destaca que as conferências livres têm três objetivos: "O primeiro é incentivar a população na construção de propostas para enfrentar a crise climática; o segundo é enviar essas propostas para a etapa seguinte. O terceiro objetivo é eleger um delegado ou delegada para representar a nossas propostas, tiradas na conferência livre, para a etapa 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente ou etapa estadual", afirmou Eliane Cutis.
As propostas deverão ser construídas em torno de cinco eixos temáticos, já estabelecidos pelo Ministério do Meio Ambiente:
1 - Mitigação: redução da emissão de gases de efeito estufa
2 - Adaptação e preparação para desastres: prevenção de riscos e redução de perdas e danos
3 - Justiça climática: superação das desigualdades
4 - Transformação ecológica: descarbonização da economia com maior inclusão social
5 - Governança e educação ambiental: participação e controle social
Cenário para a classe trabalhadora – Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), 2024 foi o ano mais quente no Brasil, desde 1961. Levantamentos do Banco Mundial e do Banco Central Europeu, apontam que os mais afetados pelos eventos climáticos extremos serão os mais pobres. Relatório divulgado pela primeira entidade, em maio do ano passado, estima que a crise ambiental atingirá entre 800 mil a 3 milhões no Brasil e cerca de 3 bilhões globalmente. Já um trabalho divulgado pelo Banco Central Europeu em parceria com a Universidade de Potsdam, na Alemanha, destaca que o fenômeno pode elevar a inflação de alimentos, em âmbito global, em até 3,2% ao ano.
"É a classe trabalhadora que está em risco. O calor excessivo também gera perda de produtividade para quem precisa se expor ao ambiente, como os trabalhadores braçais. Além disso, a pressão inflacionária sempre impacta mais os mais pobres, os que dependem do dia a dia de venda da força de trabalho para garantir a renda", pontua a secretária do Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Nacional, Rosalina Amorim.