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Apesar dos resultados recordes em seu lucro, o Itaú colocou obstáculos para atender à pauta de reivindicações na retomada das negociações, nesta quinta-feira (28/11), dos itens da pauta de reivindicações, entregue pela Comissão de Organização dos Empregados (COE).  “Dissemos aos representantes do Itaú que a lucratividade que o banco vem tendo é mais do que suficiente para atender as reivindicações dos funcionários que trabalham tendo que atingir metas absurdas, e mesmo assim conseguem este crescimento recorde dos lucros”, afirmou Maria Izabel Menezes, diretora do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, logo após a negociação.

“Existe uma demanda muito grande por melhores condições de trabalho. As agências estão com quadro de pessoal muito reduzido, com o aumento da sobrecarga de trabalho. Deixamos bem claro que atendendo à pauta de reivindicações o Itaú estará valorizando os funcionários, que são os responsáveis pelos resultados expressivos atingidos”, acrescentou a dirigente bancária. Contou que mesmo diante desta realidade óbvia, o banco colocou vários obstáculos.

O que está sendo discutido – Em ofício enviado ao banco, a COE e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), apresentou a pauta de reivindicações dos empregados. No documento estão relacionados cinco temas centrais: emprego e condições de trabalho; benefícios e remunerações; saúde e condições de trabalho; diversidade; e segurança bancária. Os temas serão debatidos nas rodadas de negociação para passarem a integrar o acordo coletivo específico do banco.

Em resposta ao ofício enviado pela Contraf-CUT, o banco Itaú disse que “considerando a estrutura organizada da categoria sindical, com uma convenção coletiva de trabalho de abrangência nacional e benefícios aplicados de forma equitativa a todos os colaboradores, entendemos que nossos acordos coletivos devem refletir essa universalidade e atender às especificidades de nosso quadro funcional.”

“O Itaú tem como atender a todas as reivindicações dos trabalhadores. A alta do lucro divulgada no último balanço vem se repetindo trimestre após trimestre, ano após ano. O que mostra que é possível valorizar quem trabalha para que estes resultados sejam possíveis, sem precarizar as condições de trabalho, sem terceirizações, sem fechar agências e ampliando o quadro de pessoal, para não haver sobrecarga e pressão abusiva pelo cumprimento de metas”, disse a coordenadora da COE, Valeska Pincovai.

Leia a íntegra da pauta de reivindicações apresentada ao banco e fique atento ao site e redes sociais da Contraf-CUT e das suas federações e sindicatos filiados para mais informações.