Quinta, 10 Outubro 2024 16:25
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Acordo Coletivo dos financiários é assinado por representação da Contraf-CUT

Trabalhadores do setor conquistam aumento real de salários e sobre verbas remuneratórias e avançam em cláusulas sociais
O Acordo Coletivo dos financiários foi assinado pela representação da Contraf-CUT e as financeiras nesta quinta-feira (10), em São Paulo O Acordo Coletivo dos financiários foi assinado pela representação da Contraf-CUT e as financeiras nesta quinta-feira (10), em São Paulo Foto: Contraf-CUT

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Com informações da Contraf-CUT 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) assinou, nesta quinta-feira (10), a Convenção Coletiva de Trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras das financeiras. 

"Este acordo é resultado de duras e intensas negociações, que duraram quatro meses. Graças a unidade da categoria e a relevância da organização coletiva dos sindicatos, o acordo garante ampliação de direitos sociais e o reajuste salarial de 4% para salários, verbas e benefícios, preservando o aumento real", avaliou o diretor executivo da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Geraldo Ferraz, que faz parte do coletivo de negociações da categoria. 

Valorização da categoria 

Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, "a assinatura representa uma grande conquista para os financiários de todo o país". 

"Garantimos não apenas a manutenção dos direitos, mas também avanços importantes em questões sociais e econômicas. O reajuste salarial e a criação de comissões para discutir temas como PLR e violência contra a mulher mostram que estamos comprometidos com o bem-estar e o futuro da categoria", explicou a dirigente sindical. 

O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários, Jair Alves, afirmou que o acordo assinado é fruto da união e da mobilização dos trabalhadores. 

“Este acordo vai além das questões salariais, trazendo a construção de um grupo de trabalho que irá mapear a realidade dos financiários, para que possamos construir políticas mais adequadas às necessidades da categoria. Esse é um passo essencial para garantir condições de trabalho mais dignas e justas para todos."

 

Principais Conquistas dos Financiários 

 

2024:

- Reajuste salarial de 4% para salários, verbas e benefícios.

- Pagamentos retroativos das diferenças salariais de junho a outubro até a folha de pagamento de novembro de 2024.

- Pagamentos retroativos das diferenças dos benefícios a serem pagas até 30 de outubro de 2024.

- Antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com pagamento até 8 de novembro de 2024.

 

2025:

- Reajuste salarial baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referente ao período de junho de 2024 a maio de 2025 mais 0,3% de aumento real, a ser pago em junho de 2025.

- Mudança da data-base para outubro de 2026, com aplicação do INPC referente ao período de junho a setembro de 2025, acrescido de 0,3% de aumento real a ser pago em outubro de 2025.

- Negociações para uma nova CCT em outubro de 2026.

Como fica a PLR:

- Para 2024, a regra de pagamento da PLR permanece inalterada, mas será criada uma comissão paritária em até 60 dias após a assinatura do acordo, com conclusão até abril de 2025. A comissão terá o objetivo de apresentar propostas para eventuais mudanças na PLR a partir de 2025.

Outras cláusulas: 

- Convênio médico: não haverá alteração na cláusula 21, no entanto, as empresas que desejarem implementar a coparticipação deverão negociar diretamente com os sindicatos, estabelecendo regras específicas.

- Violência contra a mulher: ficou acordado que será construída uma cláusula sobre o tema.

- Combate ao assédio sexual e moral: será feita uma redação conjunta de modo que contemple a realidade do financiário.

- Grupo de trabalho paritário: um grupo será criado para realizar uma pesquisa inédita no setor financeiro, para construir o rosto dos financiários e outros aspectos relevantes à categoria.

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