Segunda, 18 Novembro 2024 08:51
POR UM MUNDO MELHOR

G20 Social: Participação inédita dos trabalhadores pode mudar rumos da governança global

Representantes da sociedade civil entregam ao presidente Lula documento que propõe à cúpula das maiores economias do mundo, um desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente sustentável
Lula recebeu o documento oficial das propostas dos trabalhadores e da sociedade civil, fruto das reuniões do G20 Social, que será entregue à cúpula das maiores economias do mundo Lula recebeu o documento oficial das propostas dos trabalhadores e da sociedade civil, fruto das reuniões do G20 Social, que será entregue à cúpula das maiores economias do mundo Foto: CUT/Divulgação

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O mundo capitalista vive uma crise civilizatória sem precedentes. Guerras, fome e miséria crescentes , crise climática e incertezas dominam a vida humana neste início de século XXI.

A realização do G20 no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, reunindo a cúpula governamental e de representantes do grande capital do planeta pode representar um marco histórico do fórum mundial das maiores economias do planeta, através da realização do G20 Social, uma iniciativa do presidente Lula, o anfitrião do encontro. A iniciativa trouxe a sociedade civil, sindicatos e representantes dos movimentos sociais para debater e propor saídas para a crise do mundo.

Na avaliação do presidente brasileiro, esta participação popular fortalece a criação da Aliança Global contra a Fome e a Miséria, que propõe saídas diplomáticas para os conflitos e o redirecionamento de parte dos bilhões de dólares gastos em armas, para acabar com a fome no mundo. A proposta inclui a taxação de 2% dos bilionários do planeta para erradicar a miséria absoluta. Mas as propostas do G20 Social não param por aí.

Sindicatos no G20

As Centrais Sindicais participaram ativamente do G20 Social, o encontro das entidades da sociedade civil realizado nos últimos dias 14, 15 e 16 de novembro. O movimento sindical, além do compromisso de lutar pelo combate à fome, propôs aos Estados membros do G20 várias iniciativas, como a implementação de políticas públicas de desenvolvimento econômico socialmente justo e ambientalmente sustentável, a garantia do acesso universal à saúde e educação de qualidade, a preservação de direitos trabalhistas e previdenciários, o fortalecimento da liberdade de organização sindical, a valorização do trabalho e dos salários, a implementação de uma tributação progressiva e justa e a aplicação das novas tecnologias em favor do ser humano, permitindo a redução da jornada de trabalho sem diminuição de salários e não para a extinção de empregos e mais acúmulo de riqueza e aumento da desigualdade como quer o grande capital.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, José Ferreira, a presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro) Adriana Nalesso, além de outros dirigentes sindicais da categoria bancária também participaram do evento, que teve palestra do presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre.

Encerramento do G20 Social

Com o Armazém 3, do Píer Mauá, no Rio de Janeiro, lotado, as representações do movimento sindical, movimentos sociais e entidades da sociedade civil, o presidente Lula recebeu o documento com as resoluções finais no encerramento do G20 Social. O documento final com as contribuições e demandas da sociedade civil será encaminhado aos líderes de Estado na Cúpula do G20, que acontece nesta segunda e terça-feira, dias 18 e 19 de novembro.

“Este é um momento histórico para mim e para o G20. A partir desse ano o G20 ganhou um terceiro pilar, que se somou aos pilares político e financeiro, o pilar social, construído por vocês. Aqui toma forma a expressão de luta em busca de um mundo mais democrático, justo e diverso”, disse o presidente Lula, lembrando que é preciso uma mobilização contínua dos trabalhadores e da sociedade para que as propostas dos movimentos sociais se tornem realidade e encerrando sua fala afirmando que “os governos precisam romper com a dissonância entre a voz do mercado e a voz das ruas”

 

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