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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
O aumento do lucro do Banco do Brasil é positivo, mas tem que vir acompanhado de um modelo de gestão que respeite a saúde dos funcionários. A avaliação foi feita pelos diretores do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Rita Mota, que também faz parte da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), e Júlio Castro, ao comentar o lucro de R$ 9,5 bilhões no terceiro trimestre de 2024, 8,3% maior que o do mesmo período de 2023.
“É bom que o lucro do banco aumente, mas os funcionários continuam sendo submetidos a condições de trabalho desfavoráveis. Há uma cobrança contínua pela superação de metas, metas que são abusivas, como denunciamos há anos e que levam ao adoecimento psíquico”, afirmou Rita Mota. Acrescentou que este lucro pode proporcionar uma PLR mais alta, mas traz o impacto na saúde dos funcionários. “É preciso equilibrar os ganhos do BB com a preservação da saúde do funcionalismo. E isto não tem acontecido”, argumentou.
Os funcionários sofrem também com os efeitos do Performa, que reduziu os valores de referência das comissões, e quem assumiu novas comissões a partir de 2020, passou a receber uma função menor. “Este problema, que o banco se negou a resolver na campanha salarial, tem causado muita insatisfação entre os funcionários com justa razão”, frisou a dirigente.
Júlio também criticou as metas e o adoecimento. “Infelizmente, nos últimos anos, o BB vem priorizando os números em detrimento das pessoas. Os funcionários estão doentes devido à pressão sofrida por metas absurdas, os caixas sendo perseguidos para acabar com sua função. Além de um plano de cargos e salários inexistente, o Banco do Brasil é a única empresa no mundo onde as pessoas estão se negando a um encarreiramento, pois em muitos casos, terão redução salarial”, afirmou. E completou: “Ou seja, este resultado não reflete a realidade vivida dentro da empresa, não passa de um sepulcro caiado”.
O resultado – Na análise somente dos números frios do balancete, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do BB passou para 21,1%, de 21,3% no terceiro trimestre de 2023 e 21,6% no trimestre imediatamente anterior. A margem financeira bruta aumentou 9,3%, para R$ 25,87 bilhões. Já a receita do banco com serviços foi de R$ 9,096 bilhões, alta de 4,9% em um ano. O número foi impulsionado pela linha de administração de fundos, que somou R$ 2,456 bilhões no terceiro trimestre, alta de 14,2% na comparação interanual.
O BB fechou o trimestre com R$ 2,470 trilhões em ativos, aumento de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado, e alta de 4,5% em três meses. O patrimônio líquido ficou em R$ 187,419 bilhões, alta de 9,9% em um ano.