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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Representantes dos bancários da América do Sul denunciaram à direção da matriz do Santander em Madrid, na Espanha, as práticas do banco de desrespeito com os trabalhadores do Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, entre outros e com funcionários aposentados ex-Banespa. O encontro aconteceu com a participação da Uni Finanças Global, Uni Américas, Uni Américas Finanças e dos sindicatos espanhóis Comissões Obreiras e Fes-UGT.
Entre as denúncias mais graves dos brasileiros estão as crescentes terceirizações – já caracterizadas como contratações fraudulentas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) -, que retiram os direitos e enfraquecem a representação sindical. Foram denunciados também outros problemas como o fechamento de agências e redução de postos de trabalho.
Marcos Vicente representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) pelo Sindicato e pela Federa-RJ lembra que as práticas antissindicais do Santander e os ataques aos direitos trabalhadores no Brasil não são de hoje, e só vêm piorando ao longo dos últimos anos. "Construimos uma enorme parcela do lucro mundial dessa instituição espanhola. Trabalhadores e clientes merecem respeito! Vamos continuar denunciando em nível nacional e internacional", advertiu.
Desrespeito às leis – A dirigente da Afubesp, Contraf-CUT e Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa, aproveitou a ocasião e levou as pautas dos banespianos à cúpula do Santander. “Trouxemos à reunião as práticas que vem ocorrendo em relação à Cabesp e ao Banesprev, em que o banco tem desrespeitado os Estatutos dessas entidades, desrespeitado determinações judiciais e feito segregação física em relação aos eleitos bem como sonegar informações aos diretores”, conta. Ela lembra da grave ameaça de retirada de patrocínio do Banesprev. “Isso é inaceitável, porque os trabalhadores do Banespa, agora envelhecidos e depois de tanto contribuir, sofrem agora esse ataque”, pontua.
O objetivo é que o diálogo seja restabelecido e que os conflitos sejam resolvidos pela via negocial e não jurídica. Wanessa de Queiroz, diretora da Fetec-CUT/SP e coordenadora da COE Santander, explica que foi entregue à direção documento que protocola a situação, reivindicando a formação de um grupo de trabalho visando minimizar os conflitos que os países têm enfrentado. Já o banco pediu para pensar no assunto. “Aguardamos uma resposta do banco e, enquanto isso, continuaremos mobilizados em defesa do emprego e melhores condições de trabalho”, completa.
Leia a carta sobre terceirizações direcionada aos membros da direção do Santander e o documento de denúncia contra as políticas do banco com os aposentados no Brasil.