Segunda, 29 Julho 2019 21:45

Governo federal amplia o desmonte do BB

A diretora do Sindicato Rita Mota criticou mais  este ataque do governo ao Banco do Brasil A diretora do Sindicato Rita Mota criticou mais este ataque do governo ao Banco do Brasil

Dando continuidade à política de redução do setor público, visando à privatização, o governo Bolsonaro decidiu aprofundar o enxugamento da estrutura do Banco do Brasil. Nesta segunda-feira, o negociador do BB, Marcelo Lourenço em vídeo conferência com a Comissão de Empresa dos Funcionários, anunciou um ‘plano de reorganização’ prevendo a redução de 2.300 postos de trabalho, transformação de 333 agências em postos de atendimento (PA) e de 49 postos em agência, além da criação de 42 agências empresariais.
A transformação de agências em PA terá entre outros impactos negativos a extinção de 333 cargos de gerente-geral. O banco informou, ainda, que 634 agências cairão de nível, reduzindo a remuneração do gerente-geral e a PLR dos demais funcionários. Apenas 76 aumentam de nível. O enxugamento da estrutura do Banco do Brasil será mais grave nas áreas meio, com a transferência de todos os escriturários destas unidades para a rede de agências. Outra mudança é a transformação da Gerência de Comércio Exterior em Escritório, gerando a redução de pessoal, num claro sinal de esvaziamento do BB nesta importante área de negócios no estado do Rio de Janeiro.
Incentivo à demissão - Como parte da redução de pessoal, o banco anunciou o lançamento do que chamou de Plano de Adequação de Quadros (PAQ), com adesão desta terça-feira, 30 de julho, até 14 de agosto. O foco são os chamados ‘excedentes’ das dependências (unidades de apoio e rede de agências). Os desligamentos e remoções começam dia 2 de setembro. Haverá um incentivo aos que aderirem de até 9,8 salários.
A diretora do Sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários, Rita Mota, criticou mais este ataque ao banco. Segundo a dirigente, mais uma vez o BB anuncia um plano que reduz dotações de dependências e postos de trabalho. “Com isso, o funcionalismo fica entregue à própria sorte, tendo que concorrer entre si para manter seus salários e localização na mesma praça”, criticou. O plano de desmonte será debatido no 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil. O encontro acontecerá dia 1º e 2 de agosto, em São Paulo.

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