Segunda, 29 Abril 2019 19:48

1º de maio é dia de luta contra a Reforma da Previdência

A próxima quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, será de mobilização nacional. Manifestações em todos os estados, convocadas pelas centrais sindicais, vão dar o recado ao governo Bolsonaro de que os trabalhadores não aceitam a aprovação do projeto de reforma. O ato do Rio de Janeiro está marcado para a Praça Mauá. Das 9 às 14 horas os sindicatos colocarão banquinhas para distribuir material explicando em detalhes os sérios prejuízos da reforma para os trabalhadores. A partir das 14 horas até as 17 horas haverá um ato público com grupos musicais. 
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019 foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ), por 48 votos a 18, no último dia 23 e agora vai para comissão especial da Câmara para então ir para votação em plenário. 
“O Sindicato convoca todos os bancários e bancárias a participarem da mobilização do Dia do Trabalhador, que terá atividades e protestos em todo o país. Só com luta vamos derrotar mais este atentado contra os direitos do trabalhador”, disse o vice-presidente do Sindicato.
Perdas e danos
A Reforma da Previdência, ao contrário do que diz o governo, prejudica os mais pobres e não combate os privilégios. A idade mínima (65 anos para homens e 62 para mulheres) prejudica as pessoas de baixa renda, que começam a trabalhar mais cedo e têm expectativa de vida menor, como os trabalhadores rurais. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) que hoje garante uma renda mensal de R$998 para idosos em situação de miséria absoluta, será reduzido para R$400. 
O cálculo também reduzirá o valor de todas as aposentadorias. Pelas regras atuais são levados em consideração 80% dos maiores salários. Se a Reforma de Bolsonaro for aprovada, serão calculadas todas as contribuições, desde o primeiro emprego, que são sempre salários menores. 
Para receber o teto (R$5.882,92), o trabalhador terá de contribuir por 40 anos, uma missão quase impossível em um país onde o desemprego e a rotatividade são altíssimos. 
As mulheres, juntamente com os jovens, perdem ainda mais. Elas representam hoje 52% da população, sustentam mais de 40% das famílias brasileiras e trabalham, em média, 9 horas a mais que os homens, em função da dupla jornada. Apesar disso, ganham 30% a menos que os homens, logo suas contribuições são menores, pesando negativamente na hora de calcular o valor da aposentadoria.

Site é ótimo instrumento de luta contra a Reforma da Previdência

O site https://reajaagora.org.br/, elaborada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), é um eficiente instrumento para o trabalhador pressionar os parlamentares a não aprovarem a Reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. Nele é possível calcular quanto você vai perder caso a Proposta de Emenda Constitucional 6/2019 seja aprovada pelo Congresso Nacional, comparando com as regras atuais para a aposentadoria. Os números são confiáveis, feitos pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). 
Além disso, há um link para enviar mensagens aos parlamentares e uma cartilha com modelo de abaixo-assinado.

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