Sexta, 26 Abril 2019 18:59

1º de maio é dia de luta contra a reforma da Previdência

O Sindicato convoca os bancários a participarem dos protestos do Dia do Trabalhador, na Praça Mauá, na próxima quarta (1º de maio), contra a Reforma da Previdência e a pauta antissocial do governo Bolsonaro O Sindicato convoca os bancários a participarem dos protestos do Dia do Trabalhador, na Praça Mauá, na próxima quarta (1º de maio), contra a Reforma da Previdência e a pauta antissocial do governo Bolsonaro

A próxima quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, será de mobilização nacional. Manifestações em todos os estados, convocadas pelas centrais sindicais, vão dar o recado ao governo Bolsonaro de que os trabalhadores não aceitam a aprovação do projeto de reforma. O ato do Rio de Janeiro está marcado para a Praça Mauá. Das 9 às 14 horas os sindicatos colocarão banquinhas para distribuir material explicando em detalhes os sérios prejuízos da reforma para os trabalhadores. A partir das 14 horas até as 17 horas haverá um ato público com grupos musicais.
A reforma é o maior ataque da história aos direitos previdenciários dos brasileiros. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 06/2019, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ), por 48 votos a 18, no último dia 23, acaba com a aposentadoria integral, aumenta de 8% para 11% o percentual de contribuição previdenciária que passará a ser paga apenas pelo trabalhador, reduz o valor das pensões para 60% da aposentadoria em caso de morte e acaba com o aumento real do benefício do aposentado. O projeto prevê também baixar ainda mais o valor da aposentadoria dos trabalhadores, mas manter como est&at ilde;o os privilégios das altas aposentadorias de políticos, juízes, militares e membros do Ministério Público.
O governo Bolsonaro prepara, ainda, o fim da Previdência Pública, ao prever, num passo seguinte, a criação de um sistema de capitalização. Nele apenas o trabalhador contribuirá para um fundo privado, administrado pelos bancos, para receber sua aposentadoria. O modelo foi imposto pelo ditador chileno Augusto Pinochet, na década de 1980, e jogou na miséria milhares de trabalhadores. Lá, a aposentadoria tem valor inferior ao salário mínimo brasileiro.  
Greve Geral
Pela primeira vez na história, todas as centrais sindicais se uniram na organização deste dia de luta contra a reforma da Previdência de Bolsonaro que acaba com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros e brasileiras. Durante os atos do Dia do Trabalhador, os sindicalistas vão anunciar os próximos passos da luta para impedir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, que trata das profundas mudanças nas regras da aposentadoria.
Para a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, o momento exige uma resposta à altura do ataque de Bolsonaro. “Estas mobilizações são uma preparação para a greve geral a ser convocada pelas centrais sindicais. Por isso a importância da participação dos bancários e demais trabalhadores”, afirmou Adriana. Para Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT, este é momento de ocupar as ruas com o maior número possível de pessoas para darmos o recado ao governo e aos parlamentares que querem acabar com a nossa aposentadoria. Ainda como parte da agenda de mobilizações, explica Sérgio, as centrais já aprovaram a convocaç&at ilde;o de um Dia Nacional de Luta no dia 15 de maio, quando terá início a greve geral dos professores e professoras. 
Reforma aumenta a recessão
Para o dirigente da Contraf-CUT, Marcello Azevedo, o governo Bolsonaro mente ao afirmar que a reforma vai criar empregos. “Ao contrário, a reforma vai aprofundar a recessão ao retirar R$ 1 trilhão da economia nos próximos dez anos. Ao reduzir aposentadorias e pensões vai reduzir drasticamente o consumo, provocando o fechamento de empresas e mais milhões de empregos, ampliando o caos social”, afirmou Marcello. Explica que a reforma só vai servir para beneficiar os bancos, ampliando a previdência privada e garantindo o pagamento de altos juros, através do pagamento da dívida pública”, explicou, acrescentando que nenhum centavo irá para a saúde e educa&cc edil;ão, como vem alegando Bolsonaro, até porque o governo Temer congelou, com apoio de Bolsonaro, o congelamento por 20 anos do investimento público nestes setores. 

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