Segunda, 18 Março 2019 17:16

Sexta-feira, 22, é dia de protestar contra a Reforma da Previdência

CUT lança site para trabalhador calcular quanto vai perder com projeto do governo Bolsonaro e link para pressionar deputados a não aprovarem proposta

A Reforma da Previdência que o governo Bolsonaro tem pressa em votar no Congresso Nacional vai tornar a vida do brasileiro ainda mais difícil. A proposta obrigará o povo a trabalhar mais e reduzirá o valor médio dos benefícios. Para se aposentar, haverá a idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Os proventos não serão mais reajustados sequer pela inflação, reduzindo o valor médio, drasticamente, em pouco tempo, mesmo para quem já está aposentado. Pensionistas receberão 40% a menos do valor atual, entre outras atrocidades. O valor integral no teto (5.839,45) somente com 40 anos de contribuição. 
A mobilização contra a Reforma começou com o ato das mulheres, as mais prejudicadas pela mudança nas regras. No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, houve protesto nacional. No Rio, foram mais de 40 mil participantes. 
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) criou o site “Reaja agora” (http://reajaagora.org.br/). Com este instrumento, o trabalhador pode calcular como ficaria sua aposentadoria se a proposta do governo for aprovado no Congresso Nacional e um link para enviar mensagens e pressionar os deputados federais a não aprovarem o projeto. 
Só o trabalhador paga
Numa segunda etapa, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, propõe o fim do modelo solidário, extinguindo a Previdência Social e criando o sistema de capitalização, em que somente o trabalhador pagará para se aposentar através de uma previdência privada. Os patrões não entrarão com um centavo sequer pelas novas regras. 
Apoio do Nordeste
Os trabalhadores ganharam um apoio de peso contra a reforma: governadores do Nordeste assinaram um documento, na quinta-feira, dia 15, contra a Reforma da Previdência. Participaram do evento os governadores do Maranhão, o anfitrião Flávio Dino (PCdoB), Ceará, Camilo Santana (PT), Piauí, Wellington Dias (PT), Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), Paraíba, João Azevedo (PSB), Sergipe, Belivaldo Chagas (PDT), Bahia, Rui Costa (PT), e pelo vice de Alagoas, Luciano Barbosa (MDB).
Já os militares, continuarão com privilégios: só aceitam elevar em 5 anos a idade mínima para aposentadoria (em média vão para a reserva hoje com 48 anos e com a mudança, se aposentariam aos 53anos), se o governo dobrar os valores dos benefícios da caserna.
Para impedir a aprovação do projeto no Congresso Nacional, as centrais sindicais convocam todos os trabalhadores e trabalhadoras para, juntos, pressionarem os parlamentares a não aprovarem esta reforma.

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