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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e de Autogestão em Saúde (Anapar) emitiu nota oficial, na quinta-feira (10/4), criticando as investidas do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a gestão da Previ, a entidade fechada de previdência complementar dos empregados do Banco do Brasil. Na quarta-feira (9/4), o tribunal determinou a abertura de uma auditoria sobre a Previ, para apurar um déficit de R$ 17,6 bilhões em 2024 extrapolando suas atribuições, sendo a fiscalização de fundos de pensão função da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
“É inadmissível que, sob o pretexto de fiscalizar, o TCU busque usurpar competências da Previc e desestabilizar o modelo de governança paritária dos fundos de pensão, conquistado com muita luta pelos participantes. A tentativa de criminalizar resultados conjunturais, como o déficit contábil do Plano 1 da Previ em 2024 — causado por fatores de mercado amplamente conhecidos e documentados — demonstra total desconhecimento da natureza de investimentos de longo prazo que regem os planos de previdência”, afirma a nota divulgada pela Anapar.
Rita Mota, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, diretora da Anapar-RJ, e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, também rebateu as alegações do TCU. “A governança da Previ é bem constituída, não havendo qualquer indício de irregularidade. O déficit é decorrente de fatores externos ao fundo de pensão. Os investimentos que em 2024 deram déficit, são os mesmos que em 2023 geraram o maior superávit dos dez últimos anos anteriores. Portanto, nos causa estranheza essa investigação por um órgão que não fiscaliza planos de previdência fechada”, afirmou
Em relação ao que foi colocado pelo TCU em relação a existência de conflito de interesses, frisou ser justamente o contrário. “Na verdade, nos interessa que os recursos da Previ sejam geridos por nós mesmos. Os dirigentes da Previ são associados da Previ e funcionários do BB, portanto, interessados na melhor gestão, como todos nós. Não há conflito de interesse. O que há por trás são interesses de terceiros querendo construir argumentos para gerir nossos recursos e obterem ganhos para si”, denunciou.
Leia a nota oficial da Anapar no site da entidade: https://anapar.com.br.