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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Ministério das Mulheres lançou no dia 7 de abril, em Brasília, o 3º Relatório de Transparência Salarial, produzido em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Para avançar em estratégias de combate a desigualdade salarial entre mulheres e homens, o governo federal lançou, também, na mesma cerimônia, o Guia para Negociações Coletivas e a carta pública “Eu Apoio o Movimento pela Igualdade no Trabalho”.
O Guia tem reflexões sobre a discrepância salarial e de oportunidade entre homens e mulheres, no ambiente de trabalho, e orienta sindicatos e empregadores na construção de estratégias à igualdade. “Os espaços de negociação coletiva são importantes e definidores para alcançarmos a igualdade salarial. A lei, em si, sozinha, não é o bastante, precisamos desse conjunto de instrumentos”, destacou a secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane Silva, sobre a proposta.
"A desigualdade salarial entre mulheres e homens persiste porque é necessário que haja mudanças estruturais em nossa sociedade. As empresas precisam entender que só irão ganhar tendo mais mulheres compondo sua força de trabalho, e com salários maiores", ressaltou a Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
A coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, assinou a carta em nome da categoria. "O Comando representa 450 mil trabalhadores na negociação coletiva dos trabalhadores com os bancos. E, neste âmbito, temos a mesa permanente Igualdade de Oportunidades, que completa 23 anos, onde discutimos como dirimir as desigualdades salariais entre homens e mulheres, entre negros e não negros, como resolver as questões ligadas à qualquer tipo de discriminação", explicou a dirigente, que também aderiu ao manifesto em nome do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Categoria na luta por igualdade
"Entre os avanços desses 23 anos estão a produção de censos da categoria, junto ao Dieese e com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que tem como objetivo isso que o Relatório de Transparência faz: a partir dos dados, reconhecer problemas que são levados às mesas de negociações para acabar com as desigualdades", completou Neiva.
A Fenaban, a partir do seu representante de negociações, Adauto Duarte, também assinou o documento. “Assumimos esse compromisso não de apoio a uma causa, mas a um movimento, porque são várias as mãos que devem estar na mesma direção para que a gente consiga avançar”, destacou.