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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
No acumulado de janeiro a dezembro de 2024, o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que indica o número de empregos formais, mostra a geração de 1.693.673 empregos. O resultado representa uma alta de 16,47% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Derrubando uma mitificação
Um dado que chama a atenção neste levantamento é que, o cruzamento dos números com dados realizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) mostram que, desse montante de vagas de 98,87%, ou 1.674.501 empregos, foram ocupados pelo público do Cadastro Único. Os beneficiários do Bolsa Família ocuparam 1.278.765 postos de trabalho, 75,5% do total. As outras 395.736 vagas foram ocupadas por pessoas que estão no CadÚnico mas que não recebem o Bolsa Família.
“Estes números desmistificam a afirmação preconceituosa de que programas de renda mínima, como o Bolsa Família, acomodam as pessoas levando-as a não querer mais procurar trabalho. Se for um emprego formal com todas as garantias trabalhistas, as pessoas querem uma ocupação no mercado formal, inclusive para garantir proteção previdenciária, mesmo com os salários no Brasil sendo ainda muito baixos. Se melhorar a renda nas ofertas de trabalho e garantir melhores condições de trabalho, plano de saúde e direitos como tíquetes refeição e alimentação certamente haverá ainda mais disposição dos brasileiros e brasileiras para ocuparem as ofertas de emprego”, avalia o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar.
“Os programas de transferência de renda criados no país pelo presidente Lula são reconhecidos internacionalmente como um meio eficiente de garantir a sobrevivência de famílias que não possuem renda alguma e ainda contribuem para que, mesmo com o desemprego ainda alto, a macroeconomia continue a girar em nosso país. Além de desmistificar essa lógica elitista de quem recebe o Bolsa Família não quer trabalhar, os números confirmam que o Brasil está no caminho certo, de gerar mais empregos e renda e fazer crescer a economia”, acrescentou o sindicalista.
Em 2024, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 3,4% frente a 2023. A Indústria (3,3%) e os Serviços (3,7%) cresceram, enquanto a Agropecuária recuou (-3,2%). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 11,7 trilhões em 2024.
“A retomada do crescimento econômico fez o Brasil, em 2024, a se posicionar como a 10ª maior economia do mundo e se não fosse os juros altos praticados pelo sistema financeiro nacional, os maiores do Planeta, certamente nosso país teria dado um salto ainda maior rumo ao desenvolvimento”, completou Almir.