Quinta, 06 Março 2025 13:09
O SÉCULO É DELAS

Ato do Dia Internacional da Mulher será nesta segunda-feira (10), na Candelária

Concentração é às 16 horas e manifestantes vão fazer passeata até a Cinelândia.

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Dia Internacional da Mulher (8 de março) este ano cai no sábado, mas a mobilização nacional será na próxima segunda-feira (10). No Rio de Janeiro, a atividade será realizada no Centro, com concentração a partir das 16 horas, na Candelária. As manifestantes seguirão em passeata até a Cinelândia. 

Direitos e democracia 

Com o slogan "Pela vida de todas as mulheres, ainda estamos aqui", elas vão exigir direitos, como a igualdade de gênero e o fim da violência contra as mulheres e defender a democracia, cobrando punição aos golpistas que atentaram contra a democracia e organizaram os atos do dia 8 de janeiro de 2023, sem anistia para os responsáveis pela tentativa de golpe de estado. 

Contra a violência e o assédio 

A luta contra o feminicídio, que apesar dos avanços na legislação, como a Lei Maria da Penha, vem crescendo no Brasil nos últimos anos é um tema central das manifestações. 

Apesar do recuo de 5% em 2024, o número de mulheres assassinadas por razão fútil, apenas por serem do sexo feminino, foi de pelo menos 1.387 casos, um número ainda muito alto, uma média de quatro feminicídios por dia. 

"Vamos protestar também contra a violência e o assédio moral e sexual contra mulheres nos locais de trabalho e em defesa da igualdade salarial em relação aos homens, que são mais alguns dos muitos motivos para as bancárias participarem da manifestação", convoca a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Kátia Branco, lembrando que a categoria está na vanguarda no país, ao ser pioneira na criação de canais de denúncia e assistência às trabalhadoras que sofrem violência muitas vezes dos próprios maridos no lar. 

"Temos muito o que avançar por direitos, contra a violência e o feminicídio e por igualdade", completou Kátia. 

As trabalhadoras vão também protestar contra o Projeto de Lei 1904/2024, da extrema-direita, que equivale o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio.

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