Segunda, 24 Fevereiro 2025 17:00
MEDIAÇÃO NO MPT

Itaú: quem não respeita os aposentados não valoriza o ser humano

Banco mantém intransigência e nega viabilidade de plano de saúde para aposentados. Trabalhadores protestaram contra postura desumana que nega assistência médica e hospitalar àqueles que dedicaram sua vida à empresa
Trabalhadores protestaram contra os valores absurdos cobrados no plano de saúde dos aposentados pelo Itaú,  durante a audiência pública no MPT, no Rio. O banco manteve a intransigência e não apresentou nenhuma proposta Trabalhadores protestaram contra os valores absurdos cobrados no plano de saúde dos aposentados pelo Itaú, durante a audiência pública no MPT, no Rio. O banco manteve a intransigência e não apresentou nenhuma proposta

O Itaú manteve a intransigência de sempre e não apresentou proposta para garantir um plano de saúde viável para os funcionários aposentados. A postura arrogante do banco levou vários aposentados e sindicalistas a realizarem um protesto na frente do Ministério Público do Trabalho (MPT), no Centro do Rio, onde aconteceu a audiência de mediação, na quarta-feira (19).
Antes da reunião, que contou com representantes sindicais, entre eles Maria Izabel, diretora do Sindicato e membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) e o diretor do Departamento Jurídico da entidade, Adriano Campos, além do advogado Márcio Cordero e de representantes dos aposentados, houve um protesto em frente ao MPT, na Rua Santa Luzia.  
O banco apresentou números para tentar justificar sua posição intransigente, mas não convenceu os trabalhadores.
“O Itaú apresentou muitos números, mas será que apresentou os lucros que acumula à custa do sacrifício dos funcionários e daqueles que trabalharam a vida inteira na instituição?”, questionou uma aposentada que participou da atividade. A crítica faz sentido: em 2024, a maior instituição financeira privada do país lucrou R$40,2 bilhões, ou seja, o banco tem todas as condições de dar dignidade com um plano de saúde compatível para seus aposentados. 

Desumanidade

Maria Izabel lembrou que na ata da audiência, a procuradora do MPT apresentou argumentos com uma visão social da necessidade de o banco reduzir os reajustes do plano dos trabalhadores.
“Nossa expectativa era de que o Itaú respeitasse aqueles que dedicaram toda a sua vida para que o banco se tornasse esta potência econômica em seus 100 anos de existência, mas isto, mais uma vez, não ocorreu. É uma desumanidade o que o Itaú está fazendo com os aposentados, negando o direito a um plano viável e digno”, criticou a dirigente sindical.

Próximos passos

O advogado do Sindicato e da AJS, Márcio Cordero, explicou que a ata da audiência de mediação será anexada ao processo já existente no MPT.
A luta dos sindicatos vai continuar e há um abaixo-assinado exigindo condições decentes no plano dos aposentados. Para participar, basta clicar no link disponível em nosso site: www.bancariosrio.org.br.

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