Terça, 11 Fevereiro 2025 10:11
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Inflação para o mês de janeiro é a menor em 31 anos, mas alimentos continuam em alta

Transportes também subiram por causa das passagens de ônibus, mas a energia elétrica foi a que mais influenciou a queda no IPCA
Os alimentos continuam sendo os maiores vilões da inflação no Brasil Os alimentos continuam sendo os maiores vilões da inflação no Brasil Foto: Divulgação

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na manhã desta terça-feira (11), a inflação de janeiro de 2025. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou para 0,16%. Esta é a menor taxa para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994. O índice ficou 0,36 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro (0,52%). Com isso, o acumulado em 12 meses recuou para 4,56%.

Os preços da energia elétrica residencial recuaram 14,21% e exerceram o maior impacto negativo mais intenso (-0,55 p.p.) sobre o IPCA de janeiro. A redução nos custos com energia faz parte do item habitação, que registrou queda de 3,08% com impacto de -0,46 p.p. sobre o IPCA de janeiro. A redução foi em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro. 

Alimentos em alta 

No entanto, os alimentos continuam sendo o vilão da inflação, junto com transportes. 

Alimentação e bebidas tiveram seu quinto aumento consecutivo: 0,96% e contribuíram com 0,21 p.p. para o índice do mês. Aa maiores altas foram na cenoura (36,14%), do tomate (20,27%), e do café moído (8,56%). Por outro lado, os preços da batata-inglesa (-9,12%) e do leite longa vida (-1,53%) recuaram.

Outra má notícia é que o pão e o café deverão continuar subindo. 

Transportes mais caros 

O custo das tarifas de ônibus urbano aumentou 3,84%, resultado impactado pelos reajustes nas cobranças em Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP), Recife (PE), Vitória (ES) e Campo Grande (MS). 

Já as passagens aéreas subiram 10,42%. 

Comer fora 

Alimentação em lanchonetes e restaurantes, que vinha tendo alta, desacelerou de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro. Tanto o lanche (0,94%) quanto a refeição (0,58%) tiveram variações inferiores às do mês anterior (0,96% e 1,42%, respectivamente). De qualquer forma, comer na rua ainda está muito caro. 

A inflação nas capitais 

Aracaju +0,59%

Brasília +0,56%

Salvador + 0,47%

São Luís -0,04% 

Campo Grande -0,09%

Porto Alegre -0,11%

Rio de Janeiro -0,13%

São Paulo -0,18%

Goiânia -0,29%

Curitiba -0,39%, 

Rio Branco - 0,49%

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