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Protestos em todo o mundo vão marcar o Dia Internacional do Trabalhador em 1º de maio. No Brasil haverá atos organizados em conjunto pelas centrais sindicais, entre elas a CUT e a CTB, nos 26 estados e em Brasília. No Rio de Janeiro o ato será na Praça de Madureira Mestre Monarco, em frente ao portão 1, a partir das 10 horas. Haverá shows com os grupos Clareou e Fundo de Quintal.

Em São Paulo, a manifestação vai ser na área externa do Itaquerão, na zona leste da capital paulista. Numa entrevista coletiva à imprensa os presidentes das centrais sindicais explicaram que as bandeiras de luta deste 1° de maio são emprego decente, correção da tabela do imposto de renda, juros mais baixos, aposentadoria digna, salário igual para trabalho igual e valorização do serviço público.

O lema principal das manifestações será “1° de Maio – Dia do Trabalhador e da Trabalhadora por um Brasil mais justo”, segundo explicou durante a coletiva o presidente da CUT, Sérgio Nobre. Acrescentou que a data em todo o mundo é um dia em que a classe trabalhadora se reúne para rememorar lutas do passado, atualizar as pautas de reivindicação e planejar as lutas do futuro. “E no Brasil não será diferente”, disse.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, José Ferreira, é importante a participação da categoria bancária na atividade. Destacou dois pontos fundamentais que são a correção da tabela do imposto de renda, que terá repercussão nos salários, mas também na Participação nos Lucros e Resultados (PLR); e a igualdade de oportunidades, no caso das mulheres, sobretudo ligadas à ascensão profissional.

Para a vice-presidenta do Sindicato, Kátia Branco, além das questões ligadas ao fim da discriminação, outra bandeira importante é a da segurança dos trabalhadores e trabalhadoras no ambiente de trabalho. "O trabalho decente, com todos os direitos respeitados, sem assédio moral e exigência de metas descabidas precisa ser posto em prárica para acabar com o adoecimento, tendo que ser tratado como prioridade no Dia do Trabalhador", afirmou.

Data internacional

O Dia do Trabalhador é comemorado em quase todos os países do mundo em 1º de maio. No dia 20 de junho de 1889, a segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu convocar anualmente uma manifestação, com o objetivo de lutar pela jornada de oito horas de trabalho. A data escolhida foi o primeiro dia de maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago, onde ocorreu uma greve deflagrada em 1ª de maio de 1884.

Vários trabalhadores sofreram com a truculência policial e de seguranças da fábrica McCormick. Morreram três trabalhadores. No dia seguinte, realizou-se uma marcha de protesto. Também em 1º de maio, só que de 1891, uma manifestação no norte da França foi dispersada pela polícia, resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serviu para reforçar o significado da data como um dia de luta dos trabalhadores. Meses depois, a Internacional Socialista de Bruxelas proclamou a data como dia internacional de reivindicação de condições laborais.

Em 23 de abril de 1919, o Senado francês ratificou a jornada de oito horas e proclamou feriado o dia 1º de maio daquele ano. Em 1920, a então União Soviética adotou o 1º de maio como feriado nacional, sendo seguida por alguns países. Em 1917, houve uma greve geral no Brasil. Com o crescimento do operariado, o dia 1º de maio foi declarado feriado pelo presidente Artur Bernardes, em 1925.