Terça, 20 Fevereiro 2024 18:39

Presidenta da Contraf-CUT fala sobre a Campanha Nacional Unificada deste ano

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. Foto: Contraf-CUT. A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. Foto: Contraf-CUT.

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Imprensa SeebRio

A categoria bancária terá este ano uma intensa luta pela manutenção e ampliação dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Para saber como será a organização da Campanha Nacional Unificada e a importância da participação de todos para o sucesso das negociações, a Secretaria de Imprensa do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e a Secretaria de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), entrevistaram Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.

A dirigente é também a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários – que organiza a campanha e negocia com a Federação Nacional dos Bancos, a Fenaban – e vice-presidenta da CUT. Vamos à entrevista.

Qual a importância das mobilizações dos bancários para que as negociações da Campanha Nacional Unificada deste ano avancem?

Juvandia Moreira – A mobilização precisa ser vista por dois enfoques: o primeiro é de organização e agitação da categoria, que é de responsabilidade das entidades de representação sindical, desde o âmbito local (os sindicatos), estaduais ou regionais (as federações) e nacional (a Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários). Mas sem a união e participação das bancárias e bancários, que é a segunda parte, as entidades podem fazer muito pouco.

É importante que os sindicatos e seus dirigentes estejam presentes em suas bases, em cada agência e departamento administrativo dos bancos, para acompanhar o dia a dia de trabalho e saber quais são os problemas que afetam as trabalhadoras e os trabalhadores e quais são seus anseios, o que eles querem, o que eles precisam para desenvolver suas tarefas profissionais em um ambiente saudável, com segurança, e, sabendo disso, possam defender a valorização do trabalho, para que a categoria possa ter uma vida digna com suas famílias.

Mas, para lutar pela resolução dos problemas que afligem a categoria e pela valorização do trabalho bancário, é preciso que cada trabalhadora, cada trabalhador também esteja antenado nas questões que são apresentadas pelos sindicatos e participe das atividades propostas. Com organização, união e participação de todos somos mais fortes! E podemos alcançar grandes objetivos desta maneira.

Qual será a agenda de preparação da campanha deste ano?

Juvandia Moreira – O movimento sindical bancário é conhecido e respeitado, mesmo por outras categorias, pela grande organização e mobilização de suas campanhas. E isso só acontece porque todas as bancárias e todos os bancários podem participar desde a definição das prioridades e estratégias da campanha, até a aprovação final das cláusulas da Convenção Coletiva e dos acordos específicos por bancos.

Tudo começa com a Consulta Nacional à categoria. Bancários e bancárias são chamados a responder um questionário para que, a partir das respostas de cada uma e cada um, possamos definir o que será colocado na mesa de negociações com os bancos. Neste ano, a consulta deve ser iniciada por volta de abril. E é importante que todas e todos participem, mesmo que não estejam filiados ao sindicato de sua base.

Ao mesmo tempo, os sindicatos reúnem as bancárias e bancários de suas bases para, até o final de maio, debater todas as questões que envolvem a categoria, levantar propostas e eleger delegados para apresentar estas questões e defender essas propostas nas conferências regionais.

O acúmulo das propostas trazidas nos debates realizados nas bases sindicais, somado às contribuições da Consulta Nacional, será sintetizado nos encontros nacionais específicos de trabalhadores de cada banco (de 4 a 6 de junho) e na Conferência Nacional dos Bancários (de 7 a 9 de junho). Esta síntese é organizada e redigida como uma minuta de reivindicações que será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda em junho, para que as negociações se iniciem em julho e, se possível, a gente consiga chegar a uma proposta de acordo com os bancos antes do final de agosto.

Esta proposta é levada para aprovação pelas bancárias e bancários em assembleias em todo o Brasil e, se aprovada, seja assinada para que se torne a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

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