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PEC que altera regras para aposentadoria, encaminhada ao Congresso pela equipe econômica de Bolsonaro, não poupa a grande maioria dos brasileiros que vê cada vez mais distante o sonho de aposentar

A proposta de reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL) pode mudar drasticamente os planos dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Para a grande maioria, os que começam a trabalhar mais cedo, ganham menos e ficam grandes períodos sem carteira assinada é pior ainda. Para esses, a reforma representa o fim do sonho da aposentadoria.

Proposta de Emenda à Constituição (PEC 06/2019) da reforma da Previdência prejudica trabalhadores e trabalhadoras que vão entrar no mercado de trabalho e a maior parte dos que já estão trabalhando.

Motivo: o texto que será analisado pelo Congresso Nacional dificulta as regras de acesso, reduz o valor dos benefícios e altera até a legislação trabalhista, como é o caso do item que acaba com o pagamento da multa de 40% do saldo do FGTS quando o trabalhador se aposentar e continuar na mesma empresa. Esse item também isenta o empresário de continuar contribuindo com o FGTS.

Antes de entender os principais ataques da proposta e como eles afetam a vida dos trabalhadores e trabalhadoras, é preciso saber como funciona hoje. Atualmente, o trabalhador pode se aposentar por tempo de contribuição, que exige 35 anos de pagamentos ao Instituto Nacional do Seguridade Social (INSS) para homens e 30 anos para mulheres, sem exigência de idade mínima. Neste caso, o valor do benefício é proporcional ao tempo e a idade.

Para ter acesso ao valor integral do benefício é possível também se aposentar pela fórmula 86/96, que é a soma da idade mais o tempo de contribuição - mulher com 56 anos mais 30 de contribuição e homem com 61 anos e 35 de contribuição.

A segunda é a aposentadoria por idade, que atende aos mais pobres. Os requisitos são: idade de 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres) e 15 anos de contribuição. O valor do benefício é de 70% da média dos 80% maiores salários recebidos ao longo da vida pelo trabalhador. Ele recebe 1% a mais a cada ano de contribuição maior do que os 15 anos que constam na regra.

A reforma de Bolsonaro acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição.


O que a reforma da Previdência prevê:

 

Idade mínima

Institui a obrigatoriedade da idade mínima para a aposentadoria de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres), tanto do setor público como do setor privado. A proposta também contém um dispositivo que aumenta, a partir de 2024, a idade mínima a cada quatro anos, de acordo com a expectativa de vida da população medida pela IBGE.   

Tempo de contribuição

A PEC acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição. Para o trabalhador se aposentar, precisa obrigatoriamente atingir a idade mínima. Nesse caso, o tempo de contribuição passará de 15 para 20 anos. Se o trabalhador quiser receber o benefício integral, além da idade mínima, terá de contribuir durante pelo menos 40 anos

Média salarial

O cálculo para o valor do benefício passará a contabilizar todos os salários e não mais os 80% mais altos, como é hoje. Com isso, o valor do benefício das futuras aposentadorias será bem menor, pois ninguém entra no mercado de trabalho com altos salários. 

Professores

Os professores e professoras serão uma das categorias mais penalizadas, se a reforma for aprovada.

A PEC prevê idade mínima obrigatória para aposentadoria da categoria de 60 anos para homens e mulheres e aumenta o tempo mínimo de contribuição para 30 anos. Quem cumprir esses requisitos terá direito a 80% do valor do benefício. Para ter direito a 100% do benefício é preciso contribuir durante 40 anos

Pelas regras atuais, as professoras se aposentam com benefício integral quando completam 50 anos de idade e 25 anos de contribuição e os professores, 55 anos de idade e 30 anos de contribuição. 

Rurais

A reforma de Bolsonaro pode retardar ou até acabar com o direito à aposentadoria dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, em especial dos agricultores e das agricultoras familiares, que nem sempre têm renda para contribuir com o INSS, e por isso estão na categoria de “segurados especiais”.

A PEC prevê 20 anos de contribuição e idade mínima de 60 anos para homens e mulheres do campo se aposentar. Além disso, as famílias (grupo familiar) terão de contribuir com, no mínimo, R$ 600,00 ao ano, mesmo se não produzirem, portanto, não venderem nada no período.

Atualmente, a idade mínima de acesso à aposentadoria dos trabalhadores da agricultura familiar é de 55 anos para as mulheres e 60 para os homens, com obrigatoriedade de comprovar 15 anos de atividade rural. Eles só precisam comprovar esse período com documentos como o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ou com declarações de testemunhas e atestados complementares de sindicatos da categoria. 

Servidores Públicos

A proposta de Bolsonaro quer estabelecer a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para as mulheres e aumentar o tempo mínimo de contribuição para 25 anos para que os servidores tenham acesso a 60% do valor do benefício. Para receber o valor integral, os servidores terão de contribuir por pelo menos 40 anos.

Além disso, a PEC prevê aumento nos percentuais de contribuição dos atuais 11% para até 22%. Pela proposta, a alíquota dos servidorespúblicos começará em 7,5% para os que ganham até um salário mínimo. No caso dos que ganham mais de R$ 39 mil a alíquota pode chegar a 22%.

Pelas regras atuais, os homens se aposentam aos 60 anos com, no mínimo, 35 anos de contribuição e as mulheres com 55 anos e 35 de contribuição. O teto é igual ao dos trabalhadores da iniciativa privada, R$ 5.839,46

Essa regra vale desde a aprovação da Emenda Constitucional 41, de 2003, que alterou o cálculo dos benefícios dos servidores públicos. Desde a reforma, os trabalhadores que ingressaram no serviço público não recebem mais o salário integral da ativa quando se aposentam. O benefício do servidor aposentado passou a ser calculado de acordo com a média de sua contribuição a um fundo de previdência.  

Capitalização

Bolsonaro também quer implementar no Brasil o regime de capitalização da Previdência que valerá para os trabalhadores que entrarem no mercado de trabalho.

É o mesmo sistema implantado no Chile, em 1981. A capitalização prevê que cada trabalhador ou trabalhadora faz a própria poupança, que é depositada em uma conta individual. Na prática, isso significa que o valor da aposentadoria de um trabalhador depende do rendimento que ele tiver em sua conta individual. 

Os trabalhadores chilenos são obrigados a depositar ao menos 10% do salário por no mínimo 20 anos para se aposentar. A idade mínima para mulheres é 60 e para homens, 65. Não há contribuições dos empregadores nem do Estado.

Após 37 anos da implantação do modelo de capitalização, apenas metade dos trabalhadores e trabalhadoras chilenos conseguiram se aposentar. E como a maioria ganhava salários baixos e ficou grandes períodos desempregada ou não conseguiu fazer uma poupança com recursos suficientes, aproximadamente 91% dos aposentados recebem benefícios de cerca de meio salário mínimo do país, o equivalente a, em média, a R$ 694 – o piso nacional do Chile é de 288 pesos, ou R$ 1.575,66. 

Pensão morte e Acúmulo de benefícios

A PEC da reforma diminui para 50% o valor da pensão por morte dos cônjuges e órfãos. No caso dos viúvos e viúvas, a proposta prevê 10% a mais por cada dependente. Quando um deles perder essa condição ou falecer, sua cota não será repassada aos demais dependentes.

Quanto ao acúmulo de benefícios, pelas regras atuais, é possível o acúmulo de pensão e aposentadorias. Já o texto encaminhado por Bolsonaro ao Congresso restringe essa possibilidade e reduz o valor do benefício.

Pela regra proposta, se uma pessoa for acumular aposentadoria com pensão poderá escolher o benefício de valor mais alto e o outro vai ser repassado com desconto, de acordo com reduções por faixas escalonadas de salário mínimo. 

BPC

A idade mínima do Benefício de Prestação Continuada (BPC), no valor de um salário mínimo por mês pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de miserabilidade, passa de 65 para 70 anos.

Na tentativa de atenuar o estrago causado a essa parcela da população (atualmente são mais de 2,5 milhões benefícios), Bolsonaro incluiu na proposta a possiblidade de pagar R$ 400,00 a partir de 60 anos de idade.

Pessoas com deficiência continuam com a regra atual. 

Mulheres

As mulheres também estão entre as mais prejudicadas com a reforma da Previdência de Bolsonaro, que acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição, obriga as mulheres a se aposentarem com, no mínimo, 62 anos de idade, e aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos.

Apesar de mais tempo de trabalho e de contribuição, as trabalhadoras receberão apenas 60% do valor do benefício, se a PEC for aprovada. Para ter direito à aposentadoria integral, a trabalhadora terá de contribuir por pelo menos 40 anos.

Atualmente, as trabalhadoras podem se aposentar após 30 anos de contribuição ao INSS, sem a exigência de idade mínima. Nesse caso, para ter acesso ao valor integral do benefício, as mulheres precisam que a soma da idade mais o tempo de contribuição seja igual a 86 (56 anos + 30 contribuição = 86).

No caso das trabalhadoras que não conseguem se aposentar por tempo de contribuição, a aposentadoria é por idade: 60 para as mulheres, com no mínimo 15 anos de contribuição. 

Jabutis

A PEC da reforma de Bolsonaro também tem itens relacionados a legislação trabalhista que nada têm a ver com Previdência. Se a reforma da Previdência for aprovada, os patrões estarão livres de pagar a multa de 40% sobre os depósitos efetuados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na conta do trabalhador ou trabalhadora que se aposentar e continuar trabalhando na mesma empresa. Eles também não precisarão mais continuar recolhendo o FGTS dos empregados aposentados, 8% por mês.

Hoje, o trabalhador se aposenta, recebe o valor que tem depositado em sua conta individual do FGTS e, se continuar trabalhando, o patrão continua depositando na sua conta os 8% do fundo porque a aposentadoria não encerra o contrato de trabalho. Quando a empresa demitir esse trabalhador, ele recebe todos os direitos trabalhistas e os 40% da multa do FGTS.

O trabalhador que se aposenta pode, inclusive, decidir onde quer que o depósito seja feito, na conta do FGST ou na sua própria poupança. O dinheiro pode ser retirado todo mês, se ele quiser.

A Campanha de Sindicalização do Sindicato foi lançada oficialmente na última quinta-feira, 28 de fevereiro. A festa, ao ritmo do ensaio do Bloco dos Bancários, teve sorteio de muitos prêmios para bancários sindicalizados (confira no quadro a lista dos ganhadores). Novos associados foram recebidos com brindes de boas-vindas. O regulamento da campanha se encontra no site do Sindicato: www.bancariosrio.org.br. O bancário sindicalizado da ativa, aposentado ou licenciado, pode se inscrever. Cada novo associado vale uma pontuação de acordo com o valor da mensalidade paga do novo sindicalizado (se a mensalidade do novo associado for R$50, são 50 pontos acumulados). A medida que for acumulando pontos, o bancário já pode trocar seus bônus por prêmios. Quanto mais novos filiados, mais pontos o bancário acumula e mais prêmios poderá ganhar. Ao longo deste ano, haverá, além da troca de pontos por prêmios, novos sorteios. O objetivo é garantir em 2019, pelo menos 2 mil novos sindicalizados. 
“O nosso objetivo é envolver cada vez mais a categoria para garantirmos a sustentabilidade financeira desta entidade sindical e continuar lutabdo em defesa dos direitos dos bancários e bancárias, disse a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso

 

Os sindicalizados ganhadores do primeiro sorteio


 - Mônica Valéria Miranda Morgado Bradesco TV 4K UHD LG 49’

 - Vera Lúcia de Freitas Martins Itaú TV HD Smart LG 43’

 - Andrea Cristina Henrichs Bradesco Notebook Samsung

 - Fábio Jesus de Freitas Júnior Bradesco Home Teacher

 - Gilberto da Silva Menezes Santander Adega Climatizada Brastemp

- Viviane de Oliveira Vargas de Melo Itaú Headphone Bluetooth

 - Ivan Ricardo de Souza Itaú Aspirador de Pó

 - José Montenegro Brandão Filho Itaú Aspirador de pó

 - Rosana Brandão de Oliveira Itaú Mala de viagem

 - João Luis Muniz Soares Santander Mala de viagem

 - Paulo Cesar de Oliveira Itaú Fritadeira Elétrica

 - Luis Carlos de Souza Elias Itaú Fritadeira Elétrica

 - Leandro de Araújo Bernardo Santander Cafeteira Digital

- Luiz Fernando Chagas da Silva Santander Cafeteira Digital

 - Jander José Ferreira de Almeida Bradesco Cafeteira Digital

 - Sérgio Henrique Rodrigues CEF Cafeteira Digital

 - Luiz Fernando Chagas da Silva Santander Cafeteira Digital

 - Patrícia Portes Santander Rádio Retrô

 - Pablo Felipe Rodrigues de Jesus Itaú Rádio Retrô

 - Tatiana Coelho Guimarães Bradesco Rádio Retrô

 - Maximiano de Narareth Júnior Itaú Rádio Retrô

 - Juliana Machado Araújo Bradesco Rádio Retrô

 - Clarice Moreira Nascimento Itaú Rádio retrô

 - Renata Conte Telles Santander Cooler

 - Victor Martins Esteves Itaú Cooler

 - Michelle da Silva Elias Bradesco Cooler

- Sania Ferraz dos Santos Silva Santander Cooler

 - Rayanne Crisyhine da S. Rodrigues Itaú Cooler

 - Mariana Batista de Souza BB Cooler

 - Ana Paula Camarinha Santander Cooler

 - Rodrigo de Castro Chavez Bradesco Panela Elétrica

 - Ricardo Mendonça Alvarenga Mercantil Panela Elétrica

 - Roberto Matos de Oliveira Santander Panela Elétrica

 - Raquel Araguez Moreira Santander Panela Elétrica

 - Rosângela P.S. da Silva Santander Panela Elétrica

 - Cristiane Rodrigues Cruz Santander Camisa Oficial de Clube

O Programa Paternidade Responsável - curso gratuito oferecido pelo Sindicato que prepara bancários sindicalizados que vão ser pais e precisam de certificado para usufruir dos 20 dias da licença paternidade – está com inscrições abertas para novas turmas. As aulas serão ministradas na Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar, Centro, nos dias 12 e 13 de março. Inscreva-se pelo telefone 2103-4170 e garanta a sua vaga.

Quinta, 28 Fevereiro 2019 10:26

Pedro Guimarães descumpre Acordo Coletivo

Desde Pedro Guimarães assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal, a empresa tem descumprido itens previstos no Acordo Coletivo de Trabalho 
Um dos exemplos é a cláusula 48 do acordo, garantindo que os impactos na vida funcional dos empregados ocasionados pela implantação de novos processos de trabalho devem ser debatidos na mesa de negociação permanente estabelecida entre o banco e as entidades de representação dos trabalhadores. 
“As mudanças estão sendo implementadas de forma unilateral, sem que o movimento sindical seja comunicado previamente”, critica o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Paulo Matileti. 
Na segunda-feira, dia 25 de fevereiro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício ao banco solicitando a suspensão imediata da reestruturação do banco e a realização de uma reunião pata tratar do assunto. O ofício reitera, ainda, o compromisso da Caixa de comunicar previamente a Comissão de Empresa dos Empregados (CEE) e a Contraf-CUT, antes de tornar pública a implementação de novos processos de trabalho.

Arrogância e desrespeito

O documento da Contraf-CUT ressalta que “o debate junto à mesa de negociação permanente é imprescindível” e que “qualquer mudança a ser implementada deve resguardar os direitos e a saúde física e mental dos empregados”.
Denúncias dos trabalhadores dão conta de que Pedro Guimarães tem tratado os empregados com “arrogância” e “desrespeito”. Relatos apontam que situações de violência e assédio moral são ainda mais sentidas na matriz do banco, em Brasília, onde ele trabalha.

Quinta, 28 Fevereiro 2019 10:25

Manifestação das mulheres é na sexta

O ato público pelo Dia Internacional da Mulher é nesta sexta-feira, dia 8 de março. No Rio, a manifestação começa às 16, na Candelária. Elas vão protestar contra a Reforma da Previdência, os ataques aos direitos trabalhistas, o feminicídio e por justiça no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

Quinta, 28 Fevereiro 2019 10:23

Debates sobre saúde são retomados na Caixa

Na reunião do Grupo de Trabalho Saúde Caixa, realizada no último dia 19 de fevereiro, em Brasília, foram restabelecidos os debates sobre o plano de saúde. Os bancários cobraram o acesso a informações, relatórios atuariais, dados e documentos. O objetivo é permitir que os trabalhadores façam uma análise aprofundada para, em conjunto com a direção da Caixa, empenhar-se na sustentabilidade do plano. Foi cobrado ainda os relatórios sobre o superávit acumulado, que a empresa prometeu apresentar na próxima reunião. Os representantes da Caixa disseram ainda que a área jurídica está elaborando um parecer sobre o fundo de reserva / fundo de contingência.
O banco apresentou os dados da Central de Atendimento mostrando que houve melhora no serviço. Os trabalhadores informaram que apesar da evolução ainda existem muitas reclamações da Central de Atendimento, em especial referente aos prazos de autorização e reembolso. Foi solicitado que as unidades de pessoal (GIPES/REPES) possam fazer atendimento presencial nos casos excepcionais. 
Trabalhadores descobertos
Outro ponto exigido foi a garantia de assistência aos empregados contratados após 31 de agosto de 2018, que estão descobertos e não recebem o reembolso previsto no Acordo Coletivo de Trabalho. A empresa informou que está em estudo a formatação deste reembolso. Os representantes dos trabalhadores solicitaram que o reembolso seja retroativo a setembro.
Criticaram também a alteração no RH221, que passou a exigir que o dependente inválido não receba pensão alimentícia. 
“Para propor melhorias e ter um plano saudável, temos de ter acesso ás informações do plano, que já cobramos há bastante tempo. Sem esses dados, é inviável avaliar a real situação do Saúde Caixa”, avalia o diretor do Sindicato Sérgio Amorim, que faz parte do GT Saúde. 
Saúde do Trabalhador
No dia 20 de fevereiro, foi debatido o adoecimento dos empregados da Caixa, causado pelos impactos da sobrecarga de trabalho, ameaças de retirada de função e a cobrança de metas abusivas. Os sindicalistas alertaram para o crescimento do número de suicídios e casos de depressão, síndrome do pânico e outros graves problemas que atingem a categoria bancária. 
“A Caixa vendeu a ideia de que a Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), seria um instrumento de aprimoramento dos empregados. Na verdade, o método estabelece ranking interno e individualiza as metas, gerando ainda mais estresse por conta do assédio moral institucional, da pressão e da falta de empregados nas unidades”, explica Sérgio. 
A Pesquisa Saúde do Trabalhador, realizada pela Fenae em 2018 (confira abaixo), revela o quanto o modelo de gestão do banco e a ausência de uma política de saúde do trabalhador geram sobrecarga de trabalho, provocando um verdadeiro quadro de adoecimento crônico nos bancários.

Nesta sexta-feira, dia 8 de março, as mulheres vão para as ruas protestar contra a Reforma da Previdência anunciada pelo governo Bolsonaro, a violência e o preconceito contra elas. O feminicídio no Brasil, um dos mais elevados no mundo, também faz parte da pauta de reivindicações, inclusive a busca por justiça pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) assassinada em março do ano passado e até hoje sem apresentação e condenação dos criminosos. Os ataques aos direitos trabalhistas também estão entre as bandeiras de luta da manifestação. 
No Rio, o ato público terá concentração ás 16h, na Candelária. O Sindicato convoca as bancárias a participarem da atividade. 
“É importante que, num momento de um retrocesso político e social tão profundo, as mulheres sejam a vanguarda da resistência em defesa da democracia, da justiça social e por uma sociedade mais justa, com igualdade de oportunidades. Contamos com a presença das bancárias neste protesto, pois mulheres e jovens são os mais prejudicados pelas reformas do governo”, ressalta a diretora do Sindicato, Marlene Miranda.

Funcionários e clientes passaram uma tarde de verdadeiro terror, na terça-feira (26/2/), na agência do Bradesco, na Rua Euclides Faria, em, Ramos, durante um assalto à unidade por volta das 14h30. Bancários e clientes foram mantidos reféns pelos assaltantes. Além de roubar o banco, os bandidos levaram dinheiro, celulares e pertences de quem estava no interior da agência. 
Segundo empregados de uma loja vizinha, o 190, telefone de emergência da Polícia Militar não estava atendendo, o que levou os policias a chegar ao local com um atraso de meia horas a quarenta minutos. 
Segundo a PM, houve um pane no sistema, após um apagão de energia, que foi estabelecido em seguida. 
Os sindicalistas Sérgio Menezes, Jacy Menezes, Dênys Alcântara e Nilson “PQD” estiveram no local para prestar assistência aos bancários. O diretor do Sindicato e membro do COE (Comissão de Organização dos Empregados), Marcelo Pereira, ligou para o setor de Relações Sindicais do Bradesco para cobrar a emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e o acompanhamento psicológico para os funcionários, que estão abalados com o episódio. 
“Esperamos que o bom senso prevaleça e a direção do banco emita a CAT e garanta a assistência aos bancários. É preciso também melhorar o sistema de segurança para proteger as pessoas, não somente o patrimônio financeiro dos bancos”, disse Sérgio Menezes.

Apresentação de números e simulação projeções subsidiarão os debates

Guina Ferraz / Contraf-CUT


Além da proposta financeira pesar mais para os associados, ainda há muitos complicadores na proposta apresentada pelo BB na parte de governança, como por exemplo a troca das diretorias.Na reunião de negociação de quarta-feira (27), as entidades de representação dos funcionários responderam ao Banco do Brasil que a proposta apresentada pelo banco para a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) é insuficiente para um encaminhamento ao Corpo Social, uma vez que está inferior à proposta rejeitada pelos associados na consulta feita no ano passado.

As entidades informaram ao Banco que a proposta divulgada serve para debates com os associados, mas que não há como defender da forma como está apresentada.

O diretor recém empossado da Diretoria Gestão de Pessoas do BB (Dipes), José Avelar Matias Lopes, participou da abertura da mesa de negociação e ressaltou a necessidade de se chegar a um acordo negociado.

O coordenador da mesa pelas entidades, Wagner Nascimento, afirmou ao diretor de pessoas a importância do restabelecimento da mesa de negociações e que a experiência do ano passado não foi boa, numa consulta sem a participação dos associados. “A solução negociada é o que queremos e esperamos achar o bom termo numa proposta que atenda às necessidades da Cassi e dos Associados”, disse Wagner Nascimento, que também coordena a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Sobre a ANS
O presidente da Cassi novamente falou sobre as reuniões com a Agência Nacional de Saúde (ANS) e sobre o que seria uma Direção Fiscal, que é a designação de uma pessoa que acompanha o que acontece no plano de saúde e orienta sobre o que pode acontecer, sem o controle da entidade.

Déficit da Cassi
O presidente da Cassi deu relato sobre a prévia dos números do balanço da Caixa de Assistência, que deve fechar 2018 com cerca de R$ 370 milhões de déficit. Os números oficiais serão divulgados assim que apreciados pelo conselho fiscal e aprovados dentro dos órgãos da governança da entidade.

Reabertura do plano aos novos funcionários
O Banco do Brasil falou que sendo aprovado um novo estatuto e este se adequando a algumas exigências dos órgãos reguladores, o Plano Associados possibilitará a entrada dos novos funcionários que recentemente tomaram posse no BB e que estão fora da Cassi.

Projeções de cálculos
O Banco do Brasil apresentou dados sobre as projeções financeiras da proposta apresentada e também simulações solicitadas pelas entidades da Mesa de Negociação, com o objetivo de subsidiar os debates e andamento das negociações, considerando o déficit atual da Cassi e as projeções de receita, que podem equilibrar a Caixa de Assistência.

Debates com os associados
As entidades afirmaram que há a necessidade de intensificar os debates com os associados da ativa nos locais de trabalho e nas associações de aposentados para que se chegue a uma proposta com amparo na realidade dos associados.

Negociações continuam
Para Wagner Nascimento, o momento requer maior participação dos associados e intensidade no processo de negociação. “A proposta apresentada pelo banco não nos atende. Estamos dispostos a achar uma proposta para garantir minimamente a sustentabilidade da Cassi, evitando intervenção de terceiros no processo. Contudo é necessário um esforço e entendimento do banco sobre o que cabe da parte dele zelar pela saúde dos funcionários”, disse. “Além disso, como patrocinador, o Banco do Brasil deve fazer seu esforço financeiro para melhorar a proposta de forma que cheguemos a um acordo”, concluiu.

Uma nova rodada de negociações está marcada para a sexta-feira (8/3), logo após o feriado de carnaval.

Fonte: Contraf-CUT

Entidades representativas analisam riscos da reforma e da CGPAR 25 sobre os direitos dos trabalhadores, durante seminário promovido pela Contraf-CUT, em Brasília

Os impactos das novas diretrizes do governo federal sobre os fundos de pensão das estatais e a perspectiva da previdência complementar no país. Esses foram os temas debatidos na terça-feira (26), no seminário promovido pela Contraf-CUT, em Brasília.

Na mesa de abertura, o presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira, destacou a importância de se fortalecer a mobilização dos sindicatos e entidades associativas na defesa de uma previdência justa e aderente às necessidades dos participantes. “Precisamos defender nossa representatividade junto aos órgãos reguladores e aos legisladores. Dentro dos fundos de pensão também precisamos defender nossos direitos”, afirmou o presidente da Fenae.

CGPAR 25 e os riscos para a aposentadoria

Representando a Diretoria de Saúde e Previdência da Fenae, o assessor Paulo Borges falou sobre a avaliação de economicidade, uma das diretrizes da resolução 25 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações (CGPAR), do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Borges explicou que o conceito de economicidade é o ponto mais crítico da resolução porque dá margem a interpretações subjetivas, as quais caberão às patrocinadoras.

A CGPAR 25 prevê que, a cada dois anos, as estatais façam uma avaliação de economicidade dos planos de benefícios e que, a depender do resultado, terceirizem a gestão dos planos para outras entidades, inclusive do mercado financeiro.

O assessor também falou sobre o impacto das diretrizes nos planos da Funcef, em especial sobre a situação do REG/Replan Não-Saldado, mais diretamente atingido pela resolução. Borges destacou a tramitação interna exigida para alterações de regulamento, considerando a obrigatoriedade da análise pelo Conselho Deliberativo e a vedação prevista no estatuto da Funcef para o uso do voto de Minerva nesses casos.

Ataque à previdência complementar fechada

Coordenando a mesa, o diretor Regional da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar), Ricardo Sasseron, fez uma explanação sobre as diferenças entre a previdência complementar fechada e a aberta e demonstrou como o modelo gerido por bancos e financeiras é muito mais prejudicial aos participantes. Sasseron também falou sobre o contexto da reforma da Previdência e a resolução 25 da CGPAR.

“Estamos vivendo um momento de ataque aos direitos dos trabalhadores, aos fundos de pensão e à própria Constituição”, afirmou o diretor da Anapar. Sasseron criticou a postura da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), cujos posicionamentos têm, constantemente, favorecido as patrocinadoras. “Testemunhamos um favorecimento da previdência aberta e um ataque explícito à previdência fechada”, disse.

Previdência e realidade da população

O presidente da Anapar, Antônio Braulio de Carvalho, falou sobre o PLP 268, projeto de lei que altera as regras de funcionamento nas fundações e reduz a representatividade dos participantes nas suas instâncias de deliberação e controle. Ele avaliou a forma como o debate tem sido feito no Congresso Nacional e destacou a importância de as entidades participarem dessa mobilização junto ao Poder Legislativo.

Carvalho também apresentou a pesquisa realizada pela Anapar junto à população brasileira sobre finanças pessoais e previdência. O estudo mostra como grande parte da população não tem emprego ou atua na informalidade, tem renda insuficiente e não consegue juntar recursos para a aposentadoria. O presidente da Anapar destacou o extrato populacional dos “nem-nem previdenciários”, 61,5 milhões de pessoas que nem contribuem para o INSS nem guardam dinheiro para se aposentar. Pessoas que, no futuro, não terão aposentadoria.

“Tanto a reforma da Previdência quanto as diretrizes para os fundos de pensão precisam levar em conta a realidade cada vez mais difícil das pessoas. Não podemos perder de vista a finalidade do benefício previdenciário, que é a proteção, a garantia de dignidade”, disse Carvalho.

O conselheiro deliberativo eleito da Previ, Wagner de Sousa Nascimento, falou a respeito dos impactos da CGPAR 25 sobre os planos da Previ, enquanto o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes, abordou a recente alteração estatutária imposta pelo Santander ao Banesprev, apesar da manifestação contrária da assembleia de participantes, instância com poder de deliberação sobre a matéria.

Fonte: Contraf-CUT