Terça, 02 Abril 2024 19:01

Empregados entregam proposta de calendário de negociações para a direção da Caixa

Representantes da Contraf-CUT e da CEE aproveitam para apontar problemas de sobrecarga e falta de condições de trabalho enfrentados pelos bancários
Sindicatos cobram a contratação de novos empregados concursados e melhores condições de trabalho para o atendimento aos programas sociais da Caixa Sindicatos cobram a contratação de novos empregados concursados e melhores condições de trabalho para o atendimento aos programas sociais da Caixa Foto: Divulgação

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Com informações da Contraf-CUT

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) apresentou nesta terça-feira (2) o calendário de negociações ao vice-presidente de Pessoas da Caixa Econômica Federal, Egidio Pelúcio Martins.

Os dirigentes sindicais aproveitaram a ocasião para cobrar solução para constantes problemas nos sistemas, a sobrecarga e a falta de condições de trabalho, como no caso do atendimento de beneficiários do programa social "Pé-de-Meia", que visa combater a evasão escolar de jovens no Brasil. 

A reunião foi solicitada pelo movimento sindical bancário para mostrar como funciona o Comando Nacional da categoria, reforçar a importância do diálogo e discutir sobre o calendário de negociações, bem como cobrar respostas para reivindicações pendentes.

“Esse é um ano de negociações para a renovação da nossa Convenção Coletiva de Trabalho e do acordo específico da Caixa. É muito importante que o novo vice-presidente tome ciência de como funcionam as negociações e das demandas dos trabalhadores, para que o andamento das negociações flua mais tranquilamente e a gente possa chegar ao melhor acordo para a categoria e para os empregados da Caixa”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, que considerou este primeiro encontro muito positivo.  

Papel social e metas

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, recém-eleita representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do banco, Fabiana Uehara Proscholdt, aproveitou a ocasião para pautar os problemas que são enfrentados pelas empregadas e empregados para o atendimento dos beneficiários do Programa Pé-de-Meia, do Governo Federal.

"A sobrecarga de trabalho, os constantes problemas nos sistemas do banco e a falta de condições de trabalho, que afetam o cotidiano de trabalho das empregadas e empregados estão escancarados para todo mundo ver”, afirmou Fabi falou das enormes filas que estão se formando nas imediações das agências da Caixa em todo o país, devido a mais uma demanda para atendimento a beneficiários de programas sociais do Governo Federal, o Pé-de-Meia. 

"A população e os empregados não podem sofrer toda a vez que uma nova demanda social é criada”, completou. Ressaltou ainda que muitis dos problemas são criados para o cumprimento das metas estipuladas pela Caixa. 

“Por isso, pedimos que não haja cobrança de cumprimento de metas comerciais dessas agências, para permitir que os empregados atendam esse público de forma adequada, sem que tenham que se preocupar em vender os produtos estipulados pelo banco”, completou.

Evasão escolar 

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, também presente na reunião, ressaltou a importância do Pé-de-Meia e de outras políticas públicas do Governo Federal que têm a Caixa como principal executora. “O programa é extremamente positivo! Garante uma renda mínima para evitar que haja evasão escolar de jovens do ensino médio. Mas a Caixa precisa ter condições de prestar um bom atendimento à população, sem adoecer seus empregados e nem expor a população a situações degradantes”, disse.

O dirigente sindical destacou a necessidade de a Caixa investir mais em tecnologia investimentos em tecnologia e contratar novos empregados concursados. 

A empresa anunciou a contratação de 4 mil novos empregados entre os que forem aprovados na prova que será realizada em maio.

Os sindicatos apoiam as contratações, mas destacam que este número é ainda insuficiente para atender as demandas do banco. 

"Temos orgulho deste papel social da Caixa, responsável pela maior parte dos programas do governo que atendem a quem mais precisa, mas é necessário garantir condições dignas de trabalho para que os empregados possam oferecer um atendimento cada vez melhor para a população", disse o diretor do Sindicato do Rio e presidente da Apcef-RJ (Associação do Pessoal da Caixa), Paulo Matileti.

Mídia