Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Bradesco anunciou o fechamento de mais uma agência física no município do Rio de Janeiro. Desta vez é a unidade da Rua Rodrigo Silva (7101), no Castelo, Centro da cidade, que encerrará suas atividades na próxima sexta-feira (21). 

Os bancários estão apreensivos em relação aos empregos. 

O Sindicato dos Bancários realizou nesta quarta-feira (19), um protesto contra a decisão do banco e cobrou a manutenção dos empregos de todos os funcionários e funcionárias. 

O Bradesco continua fechando agências e demitindo em todo o país, mesmo tendo alcançado um lucro líquido de R$ 19,6 bilhões em 2024. O resultado é 20% maior em comparação ao lucro de 2023.

"Nós cobramos a preservação dos empregos dos bancários. O banco informou que os funcionários serão realocados na Agência Rio Branco, unidade que já se encontra superlotada por conta de outras incorporações. Vamos acompanhar tudo de perto e não aceitamos dispensas. Os bancários ficam sobrecarregados e os clientes são prejudicados, especialmente os idosos", explicou o diretor do Sindicato Marcelo Rodrigues, que participou da manifestação. 

Descaso do banco

O diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff, também criticou o fato de o Bradesco demonstrar que não possui o mínimo de consideração para com a categoria e os clientes. 

"O Bradesco mantém a política do descaso com os funcionários e clientes. Dificulta cada vez mais o atendimento à população nas agências que ainda estão funcionando. A ordem do banco é não atender e forçar o cliente a procurar um correspondente bancário", criticou o dirigente sindical  

"Agora o banco lança a campanha 'Sacar pra que?, pressionando para que as pessoas não sejam atendidas presencialmente na boca dos caixas. É um desrespeito para com os clientes e usuários e uma irresponsabilidade em relação aos bancários", acrescentou Leuver. 

"Para piorar a situação, o Bradesco ainda retira ou reduz os caixas eletrônicos nas agências dificultando o atendimento à população. O banco vai na contra mão do bom atendimento e colhe os frutos negativos, piorando a sua imagem junto à clientela e adoecendo os bancários com sobrecarga de trabalho, metas desumanas e ameaças de demissão", declarou o diretor executivo de bancos privados do Sindicato, Geraldo Ferraz. 

Redes sociais

O Sindicato orienta a categoria a compartilhar nas redes sociais a hashtag #QueVergonhaBradesco, a fim de denunciar à sociedade, as práticas desumanas da segunda maior instituição financeira privada do Brasil.