Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Os funcionários do Bradesco e o Sindicato do Rio estão indignados com o desperdício de dinheiro da direção do banco. A gastança acontece ao mesmo tempo em que empregos são eliminados e o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) frustrou os bancários, ficando bem abaixo da expectativa. 

O caso que gerou a revolta ocorreu no shopping São Conrado Fashion Mall, na Zona Sul do Rio de Janeiro. 

O banco pretende fechar a unidade do local para construir uma novinha numa loja que havia sido alugada "a peso de ouro". No final das contas a decisão da direção da empresa foi espatafúrdia: nenhuma das unidades, a atual e a nova construída, irá funcionar. 

"Observamos estarrecidos a redução da PLR dos funcionários após um ano de cobranças excessivas e metas desumanas e os executivos do Bradesco dão uma vergonhosa demonstração de incompetência e desperdício de dinheiro", criticou o diretor do Sindicato Sérgio Menezes, que esteve no local com o também dirigente da entidade, Arlesen Tadeu. 

"Fica evidente que um dos motivos da queda no resultado do banco e consequentemente na PLR dos trabalhadores vem da má administração do alto escalão" destacou Tadeu. 

Demissões em massa 

O Bradesco continua extinguindo agências físicas e eliminando postos de trabalho em todo o país. A previsão é de que cerca de mil unidades sejam fechadas em 2024.

"Essa semana recebemos a informação do fechamento de mais agências, como a Paço imperial, Barcelos Domingos, Torre Rio Sul, Map Band e Fashionmall. O caso desta última é ainda mais absurdo, pois o banco acabou de finalizar as obras e aquisição de todo mobiliário e equipamentos para a inauguração de uma agência que não vai mais abrir. O Bradesco torra dinheiro de maneira surreal e reduz seus custos demitindo trabalhadores ", denunciou Serginho. 

Garantir os empregos 

O shopping solicitou ao banco a mudança de loja e a instituição contratou uma equipe técnica para planejamento e execução da obra, iniciada em 2023. 

"Cobramos do banco a manutenção dos empregos. Que pelo menos garantam a transferência dos funcionários para outras unidades. A conta do desperdício dos patrões sempre cai sobre a classe trabalhadora. Se necessário nós vamos denunciar estes absurdos ao Ministério Público do Trabalho ", completou Menezes.

O diretor do Sindicato Herbert Corrêa, que trabalha na agência do shopping, acompanhou todo o processo de construção e aquisição de equipamentos novos e os trâmites de arquitetos e engenheiros da nova agência, que estranhamente não será sequer inaugurada.