Quarta, 25 Março 2020 22:45

Santander: aglomeração no Call Center e cobrança de metas em agências

O Sindicato recebeu denúncias de aglomeração e falta de condições de trabalho no Call Center e pressão por metas em plena crise do coronavírus O Sindicato recebeu denúncias de aglomeração e falta de condições de trabalho no Call Center e pressão por metas em plena crise do coronavírus

Por Carlos Vasconcellos/Imprensa SeebRio

O Santander deslocou funcionários do Call Center Conexão do Rio de Janeiro para as unidades da Rio Branco, 70, antigo “Realzão”, e da Presidente Vargas, 78. No entanto, os empregados denunciaram ao Sindicato que há aglomeração nos locais de trabalho, não respeitando a distância mínima orientada por médicos e sanitaristas, trabalhando em baias de até oito pessoas, lado a lado, colocando em risco a saúde e a vida dos trabalhadores.

O diretor do Sindicato Marcos Vicente esteve duas vezes nas unidades e comprovou a situação de risco a que estão sendo colocados os empregados.

“Cada funcionário está a menos de um metro do outro. Além disso, eles sofrem condições precárias de trabalho”, alerta o sindicalista, que entrou em contato com representantes do banco que prometeram tomar providências para melhorar a situação.

“Estamos atentos e vamos acompanhar se o Santander, de fato, vai melhorar as condições no Call Center e garantir a saúde e a vida destes companheiros e companheiras”, disse a diretora do Sindicato Maria de Fátima

Pressão por metas

O Sindicato recebeu ainda denúncias de bancários da agência Select e outras unidades, em que o gestor chega ao ponto de orientar para que funcionários aproveitem a situação de pânico dos clientes em função da crise do coronavírus para vender seguro de vida. Na Regional Centro alguns gestores pressionam os bancários sem piedade. Em função das agências fechadas, nas unidades que permanecem abertas há uma sobrecarga de trabalho e aumento das cobranças de metas. 

“A postura do banco é oportunista e desumana, ainda mais num momento deste de calamidade. Os bancários já têm sobrecarga de trabalho e sofrem toda a forma de pressão psicológica. Por isso, estamos reivindicando a suspensão imediata da cobrança de metas, que por si só já é uma prática perversa, ainda mais diante desta pandemia que traz preocupação e angustia para todos os brasileiros. A prioridade agora é a proteção à vida”, conclui Vicente.

 

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