Sexta, 02 Dezembro 2022 14:19

CUT e demais centrais se reúnem com Lula, no governo de transição, e entregam propostas dos trabalhadores

A coordenadora do governo de transição, Gleise Hoffman, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da CUT, Sérgio Nobre (com microfone) A coordenadora do governo de transição, Gleise Hoffman, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da CUT, Sérgio Nobre (com microfone)

Olyntho Contente*

Imprensa SeebRio

Desenvolvimento sustentável com geração de emprego e renda e reconstrução das políticas públicas voltadas para os trabalhadores e para a população. Estes são alguns dos principais itens da pauta entregue pelo presidente da CUT, Sérgio Nobre, e demais centrais, nesta quinta-feira (1º/12), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o governo de transição.

Os sindicalistas reafirmaram a Lula as prioridades da classe trabalhadora para o próximo período, com base no documento aprovado na Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat 2022), realizada de forma unitária, em abril deste ano, pelas centrais sindicais.

Deste documento fazem parte 63 pontos, como a criação de uma política de valorização do salário mínimo, um programa de renda básica, políticas de geração de trabalho e renda, proteção dos desempregados e revisão da política de preços para produtos essenciais. A pauta foi elaborada a partir dos documentos dos congressos das nove centrais sindicais.

Compromisso

O presidente eleito se comprometeu a apoiar as prioridades da pauta, e não poderia ser diferente vindo de um ex-operário que se tornou o governante mais popular e bem avaliado da história do país. O diferencial é que esse apoio seja manifestado diretamente por Lula a representantes de todas as centrais sindicais, que de forma unitária construíram essa pauta e também a resistência e luta que o elegeu. 

No encontro estavam os presidentes da Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Pública, Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta. Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e coordenadora de articulação política do grupo de transição, também participou da reunião, além de presidentes de sindicatos e federações de trabalhadores, no total de 22 entidades sindicais de diversos ramos.

Direitos trabalhistas

Nobre destacou que “será necessária muita luta para recuperar os direitos que foram arrancados da classe trabalhadora desde o golpe de 2016, primeiro com a reforma trabalhista de Michel Temer, depois com as perdas impostas por Bolsonaro. “Isso vai exigir ainda mais unidade do movimento sindical, para pressionar o Congresso Nacional”. A diferença, complementou Sérgio Nobre, é que agora temos no governo federal um presidente estadista, democrata, respeitado pelo mundo e oriundo da classe trabalhadora, que respeita e ouve o movimento sindical. 

“Lula está muito feliz por, mais uma vez, poder governar o Brasil e, com seu governo, gerar empregos de qualidade e tornar mais digna a vida da classe trabalhadora”, disse Sérgio Nobre. “O presidente deixa claro que vai governar com e para todos os trabalhadores e trabalhadoras, para tirar o país da pobreza, do mapa da fome, do atraso, do obscurantismo em que a nação foi mergulhada pelo governo criminoso de Bolsonaro”, afirmou Nobre.

O presidente eleito disse que recriará a mesa de negociação, de trabalho e conselhos, além de trabalhar junto ao Congresso para a aprovação de artigo na legislação sobre o financiamento dos sindicatos, sem retorno do imposto sindical.

“Nós vamos criar a mesa de negociação, nós vamos criar mesa de trabalho, vamos criar o que for necessário criar", disse Lula, que complementou defendendo o financiamento dos sindicatos que fazem a luta pelos direitos da classe trabalhadora. Vamos ter que convencer a Câmara dos Deputados de que as finanças dos sindicatos serão decididas pelos trabalhadores em assembleia livre e soberana, disse Lula.

Fortalecer o movimento sindical

No encontro, Lula agradeceu o apoio e a contribuição para a vitória nas eleições e afirmou que conta com a participação de todos na tarefa de reconstrução do Brasil. “Do ponto de vista da organização social, esse é definitivamente um país em reconstrução. E vocês sabem que fazer reforma naquilo que foi destruído é mais difícil do que começar a fazer uma coisa nova. Então, nós temos muitas coisas para serem reconstruídas”, afirmou.

O presidente eleito disse que recriará a mesa de negociação, de trabalho e conselhos, além de trabalhar junto ao Congresso para a aprovação de artigo na legislação sobre o financiamento dos sindicatos, sem retorno do imposto sindical.

“Nós vamos criar a mesa de negociação, nós vamos criar mesa de trabalho, vamos criar o que for necessário criar", disse Lula, que complementou defendendo o financiamento dos sindicatos que fazem a luta pelos direitos da classe trabalhadora.

Vamos ter que convencer a Câmara dos Deputados de que as finanças dos sindicatos serão decididas pelos trabalhadores em assembleia livre e soberana.- Lula

Reconstrução do Brasil

Durante a reunião, Lula afirmou que o Brasil precisa ser reconstruído em muitas áreas e que dedicará seu tempo para recuperar empregos e atrair investimentos. “Eu quero dedicar o meu tempo em como é que nós vamos fazer para recuperar esse país, para gerar empregos, para atrair investimento estrangeiro para cá, sobretudo investimento direto para que a gente possa fazer uma nova regulação no mundo do trabalho, sem querer voltar ao passado”, disse ele.

“Nossa tarefa é muito grande e nós vamos ter que trabalhar com muita seriedade”, completou o presidente eleito. No encontro, Lula agradeceu o apoio e a contribuição para a vitória nas eleições e afirmou que conta com a participação de todos na tarefa de reconstrução do Brasil.

“Do ponto de vista da organização social, esse é definitivamente um país em reconstrução. E vocês sabem que fazer reforma naquilo que foi destruído é mais difícil do que começar a fazer uma coisa nova. Então, nós temos muitas coisas para serem reconstruídas”, afirmou.

*Com informações da Assessoria de Comunicação da CUT Nacional.

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